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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desembarcou nesta terça-feira (13) na Arábia Saudita, no início de uma viagem de quatro dias pelo Golfo, que também o levará ao Catar e aos Emirados Árabes Unidos. A visita tem como objetivo fechar acordos comerciais multimilionários e reforçar alianças em um contexto regional de alta tensão.
BREAKING 🚨 President Trump stuns the World by meeting with Crown Prince Mohammed bin Salman
NOBODY Can match Donald Trump’s Aura
This is what a TRUE Leader looks like pic.twitter.com/jjp0YM6LT7
— MAGA Voice (@MAGAVoice) May 13, 2025
Este é o primeiro viagem internacional de Trump desde que assumiu seu segundo mandato, após ter participado do funeral do papa Francisco em Roma.
A Casa Branca informou que a visita tem como prioridade “o comércio e a cooperação sobre o extremismo”, nas palavras de sua porta-voz, Karoline Leavitt.
Trump chegou a Riad escoltado por aviões de combate sauditas e foi recebido com honras pela família real, que organizou uma recepção luxuosa.
Embora as principais atividades diplomáticas e econômicas ainda não tenham começado, está previsto que Trump participe de uma cúpula de líderes do Conselho de Cooperação do Golfo e do Fórum de Investimentos Arábia Saudita–Estados Unidos, onde estará acompanhado de alguns dos principais nomes empresariais dos Estados Unidos.
Entre os participantes estão Elon Musk (CEO da Tesla e assessor presidencial), Larry Fink (BlackRock), Jane Fraser (Citigroup), Stephen A. Schwarzman (Blackstone), além do secretário de Defesa Pete Hegseth e do assessor de Segurança Nacional e secretário de Estado Marco Rubio.
A Casa Branca destacou que a presença desses empresários reflete a importância que a administração Trump atribui ao eixo econômico nas relações com os países do Golfo.
No fórum econômico, que começou com um vídeo simbólico mostrando águias e falcões como metáforas da aliança entre os dois países, espera-se a participação do ministro saudita de Investimentos, Khalid al-Falih, e do ministro da Fazenda, Mohammed Al Jadaan. Al-Falih antecipou que “quando sauditas e americanos se unem, mais vezes do que não, grandes coisas acontecem”.
O principal objetivo econômico de Trump durante a viagem será conseguir que a Arábia Saudita aumente seu compromisso de investimento nos Estados Unidos para um trilhão de dólares, acima dos 600 bilhões de dólares anunciados em janeiro.
“Vou pedir ao príncipe herdeiro, que é um cara fantástico, para arredondar isso. Acho que eles vão fazer, porque fomos muito bons com eles”, disse o presidente antes de embarcar.
Também se espera que os Estados Unidos ofereçam à Arábia Saudita um pacote de armas superior a 100 bilhões de dólares, que pode incluir aviões de transporte C-130 e sistemas de defesa de última geração.
Fontes sauditas citadas pela AFP informaram que Riad condicionará os contratos à entrega durante o atual mandato presidencial.
Apesar das tensões em Gaza, Ucrânia e Irã, esses assuntos não estão no centro da agenda da viagem. No entanto, a administração Trump confirmou sua recente participação em uma nova rodada de conversações nucleares com o Irã, realizada em Omã, em uma trégua entre Índia e Paquistão, e na liberação de um cidadão americano sequestrado em Gaza.
Trump advertiu que pode considerar ações militares contra Teerã se a via diplomática fracassar, embora esse não seja o foco da visita ao Golfo.
Também não são esperados avanços imediatos sobre um possível reconhecimento saudita de Israel, tema que, segundo Riad, depende da criação de um Estado palestino.
A agenda presidencial inclui uma possível parada na Turquia na quinta-feira, para tentar facilitar um encontro presencial entre Vladimir Putin e Volodimir Zelensky, embora a viagem ainda não tenha sido confirmada oficialmente.
Por outro lado, a viagem começou envolta em polêmica devido ao possível uso de um avião de luxo oferecido pela família real do Catar como novo Air Force One.
Trump classificou o presente como um “presente temporário” e defendeu a operação como “uma transação muito pública e transparente”. “Nunca seria do tipo que rejeitaria uma oferta assim”, acrescentou.
Em seu segundo mandato, Trump aposta em consolidar um eixo de poder econômico com as monarquias do Golfo, onde o petróleo continua sendo fundamental, mas agora acompanhado de armas, tecnologia, investimentos e diplomacia direta. As atividades mais relevantes da viagem estão previstas para as próximas horas.
(Com informações da AFP e Reuters)
