Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Uma mulher israelense grávida foi assassinada na manhã desta quinta-feira (15), em um ataque armado atribuído a terroristas palestinos na região da Cisjordânia.
A vítima, identificada como Tzeela Gez, de 30 anos e mãe de três filhos, foi atingida por disparos enquanto se dirigia com seu marido ao hospital para dar à luz. Médicos conseguiram realizar uma cesariana de emergência, salvando o bebê, que permanece em estado grave.
O ataque ocorreu na Rota 446, nos arredores do assentamento israelense de Bruchin, no norte da Cisjordânia. Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), vários veículos foram alvejados de uma área adjacente, e o motorista do carro – o marido de Gez, Hananel – sofreu ferimentos leves.
“Este é um ataque doloroso e difícil no qual uma civil israelense morreu a caminho da sala de parto”, declarou o chefe do Estado-Maior das FDI, tenente-general Eyal Zamir, no local do atentado à imprensa local. “Estamos comprometidos em uma luta total contra o terrorismo na Judeia e Samaria, e chegaremos aos responsáveis”.
O exército mobilizou tropas, veículos blindados e drones na área, bloqueando os acessos à cidade palestina de Bruqin, próxima ao local do ataque. A mídia local informou que muitos residentes palestinos foram impedidos de retornar às suas casas durante a noite e tiveram que dormir em seus veículos.
Uma gravidez complicada e uma perda irreparável
Familiares e amigos da vítima compartilharam sua dor com a mídia local. Sua irmã, Shaked Force, revelou que a gravidez havia sido complicada e que Tzeela havia demonstrado uma atitude resiliente diante da adversidade.
“Ela realmente se esforçava. Sempre sorria e dava tudo pelos outros”, expressou Force ao portal Ynet. “Não tenho palavras para descrever uma alma tão incrível”.
Tal Shahar Carmon, um amigo próximo da família, relatou o angustiante momento em que Hananel explicou aos seus filhos o que havia acontecido: “Ele disse a eles que estavam viajando para trazer ao mundo seu irmãozinho, mas que no caminho um terrorista atirou na mamãe e, embora os médicos tenham conseguido salvar o bebê, não puderam salvá-la”.
Gez trabalhava como terapeuta especializada em trauma, ansiedade e relacionamentos, e era ativa nas redes sociais, onde compartilhava mensagens de esperança e resiliência. Em uma publicação de dezembro de 2023, escreveu: “Mais um momento em que agradeço por estar respirando, estar presente e estar aqui. Mesmo um pequeno sorriso é difundir luz”.
Condenações políticas e exigência de respostas
A notícia do ataque provocou uma onda de indignação na liderança política israelense. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu expressou sua consternação: “Este abominável incidente reflete precisamente a diferença entre nós, que desejamos e trazemos vida, e os terroristas, cujo objetivo é matar e destruir”.
Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional, voltou a defender uma postura dura: “Este ataque é uma lembrança de que a guerra não é apenas em Gaza. Devemos restabelecer os postos de controle na Cisjordânia e aprovar a pena de morte para os terroristas”.
Da oposição, o líder Yair Lapid ofereceu condolências à família Gez e garantiu que “o terrorismo não nos quebrará”. Ele confiou que as forças de segurança “levarão à justiça todos os envolvidos”.
Desde o início da guerra entre Israel e Hamas em outubro de 2023, a Cisjordânia tem experimentado um aumento acentuado da violência. Segundo dados do exército israelense, mais de 6.000 palestinos foram presos em operações, incluindo mais de 2.300 supostos membros do Hamas. Por sua vez, o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina informa mais de 950 palestinos mortos, enquanto as FDI afirmam que a maioria eram combatentes ou envolvidos em distúrbios violentos.
Durante o mesmo período, pelo menos 52 pessoas, entre civis e forças de segurança israelenses, morreram em atentados em Israel e na Cisjordânia. Além disso, organizações internacionais alertaram sobre um aumento significativo da violência exercida por colonos israelenses contra comunidades palestinas.
O chefe do Conselho Regional de Shomron, Yossi Dagan, lamentou a perda: “Tzeela era uma mulher devota, amorosa e sorridente que só pedia para viver uma vida tranquila. Foi assassinada a caminho de trazer uma nova vida ao mundo. Isso não pode ficar sem uma resposta contundente”.
