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Durante um fórum empresarial em Abu Dhabi, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu publicamente a gravidade da crise humanitária na Faixa de Gaza, afirmando que “muitas pessoas estão morrendo de fome”. A declaração foi feita em meio à sua recente visita ao Oriente Médio, marcada por encontros diplomáticos e discussões sobre os principais conflitos globais.
Trump destacou que sua equipe acompanha de perto a situação em Gaza e demonstrou preocupação com as condições extremas enfrentadas pela população. “Precisamos cuidar disso. Muitas pessoas estão morrendo de fome… Há muitas coisas ruins acontecendo”, declarou o presidente, referindo-se aos ataques israelenses que deixaram dezenas de mortos nos últimos dias e aumentaram a pressão internacional por soluções para o conflito com o Hamas.
O premiê israelense Benjamin Netanyahu afirmou que seu governo aceita uma pausa temporária nos combates para possibilitar a libertação de reféns, mas descartou qualquer possibilidade de cessar-fogo antes da “eliminação total” do grupo terrorista Hamas. O conflito, iniciado em 7 de outubro de 2023, após uma incursão de milhares de jihadistas no sul de Israel, já resultou em milhares de mortos, sequestros e violações.
Segundo autoridades de saúde locais, ao menos 64 pessoas morreram em bombardeios recentes em regiões como Deir al-Balah e Khan Yunis. Hospitais como o Indonesiano e o Nasser receberam os corpos das vítimas. Um oficial israelense, sob anonimato, afirmou que os ataques fazem parte de uma fase preparatória para uma ofensiva maior, visando pressionar o Hamas a libertar os reféns. Atualmente, Israel estima que 23 pessoas ainda estejam vivas sob custódia do grupo.
Diante da escalada da violência, familiares dos reféns pediram ao governo israelense que busque o apoio de Donald Trump para interceder pela libertação. Um comunicado emitido por um fórum de apoio às famílias expressou preocupação com a intensificação dos bombardeios em Gaza.
Trump visita centro inter-religioso e fala sobre Putin
Ao final da viagem, Trump visitou a Casa da Família Abraâmica, em Abu Dhabi — um complexo inter-religioso que reúne uma mesquita, uma igreja e uma sinagoga, construído após os Acordos de Abraão de 2020. A visita marcou o encerramento de seu primeiro compromisso internacional relevante durante sua pré-campanha à presidência.
Trump também mencionou a intenção de se reunir em breve com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. “Está na hora de simplesmente fazer isso”, afirmou. Segundo ele, Putin teria se recusado a participar de uma reunião com autoridades ucranianas na Turquia por desinteresse. Trump prometeu que o encontro com o líder russo será agendado “assim que for possível”.
Em tom de crítica ao atual presidente dos EUA, Joe Biden, Trump disse, durante o evento empresarial, que age como um “animador” do país e ressaltou a importância das relações comerciais com os Emirados Árabes Unidos. “Vocês acham que Biden estaria fazendo isso? Eu não acho”, provocou.
Por fim, Trump anunciou que retornará aos Estados Unidos para conhecer o neto recém-nascido, filho de sua filha Tiffany Trump. “Minha filha teve um bebê, e vou voltar para conhecê-lo”, afirmou, classificando sua viagem ao Oriente Médio como “incrível”, mas ressaltando que é hora de voltar para casa.
Enquanto isso, em Israel, membros do gabinete se reúnem para avaliar os desdobramentos das negociações no Catar e definir os próximos passos em relação à Faixa de Gaza.
