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O Exército de Israel aumentou a pressão contra o Hamas na Faixa de Gaza nas últimas horas com uma nova ofensiva militar denominada “Carros de Gideão”. Em meio à intensificação dos ataques, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou neste sábado que o grupo voltou a participar das negociações sobre um possível acordo envolvendo os reféns.
“Quando Israel iniciou a operação ‘Carros de Gideão’ na sexta-feira, a delegação do Hamas em Doha anunciou que retomaria as negociações sobre o acordo dos reféns”, afirmou Katz em comunicado. Ele ressaltou que essa retomada ocorreu sem que fosse necessário cessar-fogo ou a entrada de ajuda humanitária na região.
Katz declarou ainda que o “heroísmo dos soldados e a determinação da liderança política aumentam as chances” de que os 58 reféns ainda sob poder do Hamas retornem para casa, contrastando com a postura anterior do grupo, que vinha se recusando a negociar.
O Hamas confirmou que uma nova rodada de negociações indiretas com Israel começou em Doha, sem pré-condições. Taher al-Nunu, alto funcionário do grupo, disse que “esta rodada de negociações começou sem pré-condições de nenhuma das partes, e os temas estão abertos para discussão”. Segundo ele, o Hamas apresentará sua posição sobre todos os assuntos, incluindo o fim da guerra, a retirada das tropas israelenses e a troca de prisioneiros.
As negociações ocorrem em um cenário complexo. Na última terça-feira, uma delegação israelense chegou a Doha com instruções do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para retomar os diálogos indiretos após a libertação do refém norte-americano Edan Alexander. No entanto, não houve avanços concretos desde então.
De acordo com a emissora Al Araby al Jadeed, do Catar, mediadores catarianos devem se reunir com representantes do Hamas em caráter de urgência para discutir o andamento das conversas.
A situação em Gaza continua crítica. A população civil enfrenta bombardeios constantes e a escassez de ajuda humanitária. A comunidade internacional acompanha com atenção, na expectativa de que as negociações possam levar à redução da violência e a uma solução pacífica — embora as divergências entre as partes sigam sendo significativas.
Operação “Carros de Gideão”
As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram na sexta-feira o início de uma nova grande ofensiva contra o Hamas, batizada de “Carros de Gideão”. A operação cobre todo o território da Faixa de Gaza e tem como objetivo eliminar a presença do grupo na região.
Segundo comunicado das FDI, a ofensiva envolve ataques aéreos em larga escala e a mobilização de tropas terrestres para conquistar áreas estratégicas e ampliar a campanha militar. O plano inclui o deslocamento de civis palestinos para o sul da Faixa, a eliminação de combatentes do Hamas e o bloqueio ao controle da ajuda humanitária por parte do grupo.
Há expectativa de que a ajuda humanitária volte a ser distribuída em breve, por meio de um mecanismo coordenado entre Israel, os Estados Unidos e a Fundação Humanitária de Gaza.
Nas últimas horas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou a crise em Gaza durante um fórum empresarial em Abu Dhabi. “Muita gente está morrendo de fome”, disse Trump. “Devemos agir. Muitas coisas ruins estão acontecendo.”
Por fim, o premiê israelense Benjamin Netanyahu declarou que seu governo está disposto a aceitar uma pausa temporária nas operações militares para facilitar a libertação de reféns. Contudo, reafirmou que não aceitará encerrar a guerra antes da derrota total do Hamas.
