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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou neste domingo (18) a retomada imediata da entrada de caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A medida ocorre após mais de dois meses de bloqueio imposto por Israel, iniciado em 2 de março, como forma de pressionar o grupo Hamas a liberar os reféns mantidos no território.
De acordo com comunicado divulgado pelo gabinete de Netanyahu, a decisão foi tomada por recomendação do Exército israelense. “Diante da necessidade operacional de expandir os combates intensos para derrotar o Hamas, Israel autorizará a entrada de uma quantidade básica de alimentos para evitar uma crise de fome na Faixa de Gaza”, afirma a nota oficial.
A reabertura coincide com uma nova escalada militar por parte de Israel, que iniciou operações terrestres amplas no norte e no sul de Gaza. Tropas israelenses foram posicionadas em pontos estratégicos como parte de uma campanha que visa libertar reféns e eliminar o grupo terrorista Hamas.
Ao mesmo tempo, prosseguem em Doha as negociações indiretas mediadas por Catar, Egito e Estados Unidos para tentar viabilizar um cessar-fogo. Uma das propostas em discussão é o chamado “marco Witkoff”, sugerido pelo enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, que prevê a libertação de reféns, o exílio dos membros do Hamas e o desarmamento completo da Faixa de Gaza.
O Exército israelense informou ter atacado mais de 670 alvos do Hamas na última semana, como parte de uma “onda preliminar” de ofensivas. Desde o colapso do cessar-fogo em março, os esforços diplomáticos têm falhado em alcançar uma solução duradoura. Netanyahu mantém a posição de que a guerra só terminará com a derrota total do Hamas, enquanto o grupo exige a retirada completa das tropas israelenses.
A liberação da ajuda também ocorre após pressões internacionais. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou recentemente que “muita gente está morrendo de fome” em Gaza e prometeu resolver a situação. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, reforçou a necessidade de que Israel permita o envio de suprimentos básicos à população palestina nos próximos 90 dias. Rubio também conversou no sábado com Netanyahu sobre a situação e os esforços conjuntos para a libertação dos reféns.
Já o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, exigiu o restabelecimento imediato e sem restrições da assistência humanitária à população civil.
Apesar da liberação emergencial de alimentos, o gesto representa apenas um alívio momentâneo diante de uma crise humanitária e militar que segue sem desfecho claro.
