Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta segunda-feira (19) que Kiev e seus aliados estão avaliando a realização de uma reunião de alto nível com representantes da Ucrânia, Rússia, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, em mais um esforço para pôr fim à guerra iniciada pela invasão russa.
Segundo Zelensky, o encontro pode ocorrer o quanto antes e está sendo cogitado para acontecer na Turquia, no Vaticano ou na Suíça. “Estamos considerando uma reunião de todos os times de alto nível”, declarou o líder ucraniano em pronunciamento feito em Kiev, após conversar por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. De acordo com Zelensky, ele e Trump falaram a sós antes do líder norte-americano telefonar para o presidente russo, Vladimir Putin. Após a ligação com o russo, Trump voltou a conversar com Zelensky em uma chamada que também contou com a participação dos líderes da França, Finlândia, Alemanha, Itália e representantes da União Europeia.
Trump afirmou, após o contato com Putin, que Rússia e Ucrânia “começarão imediatamente as negociações” com o objetivo de estabelecer um cessar-fogo. Zelensky disse ainda que reforçou com Trump a necessidade de sanções contra Moscou e alertou para o risco de que aliados ocidentais cheguem a acordos com a Rússia sem a participação de Kiev.
Na semana passada, Ucrânia e Rússia realizaram negociações diretas em Istambul com o apoio dos Estados Unidos. As conversas, no entanto, evidenciaram a grande distância entre as propostas dos dois países para um possível fim do conflito, que já chega ao quarto ano. Este é um momento decisivo. O mundo pode agora ver se seus líderes são realmente capazes de garantir um cessar-fogo e alcançar uma paz real e duradoura.
No início da nossa conversa bilateral, reafirmei ao presidente Trump que a Ucrânia está pronta para um cessar-fogo total e incondicional, como tem sido discutido, especialmente pelos Estados Unidos. É importante que essa proposta não seja diluída. Se os russos não estiverem dispostos a parar com as mortes, sanções mais severas devem ser aplicadas. A pressão sobre a Rússia a levará em direção à paz verdadeira — isso é evidente para todos ao redor do mundo. Reiterei também que a Ucrânia está pronta para negociações diretas com a Rússia, em qualquer formato que traga resultados. Turquia, Vaticano, Suíça — estamos considerando todas as possibilidades. Não é necessário convencer a Ucrânia; nossos representantes estão preparados para tomar decisões concretas nas negociações. O que falta é uma disposição semelhante da Rússia para participar de conversas significativas.
Junto com líderes europeus, também discutimos os possíveis próximos passos — em especial, reuniões entre negociadores e uma avaliação objetiva das propostas de cada lado. Toda proposta colocada à mesa merece uma análise honesta, por isso o processo de negociação deve contar com a participação de representantes americanos e europeus, no nível adequado. É fundamental para todos nós que os Estados Unidos não se afastem das conversas e da busca pela paz, porque o único beneficiado com isso é Putin. Agradeço a todos que apoiam essa abordagem. Se a Rússia se recusar a parar com as mortes, se recusar a libertar prisioneiros de guerra e reféns, e se Putin apresentar exigências irreais, isso significará que a Rússia continua a prolongar a guerra — e, por isso, Europa, Estados Unidos e o mundo devem agir em conformidade, inclusive com novas sanções. A Rússia precisa encerrar a guerra que começou, e pode começar a fazê-lo a qualquer momento. A Ucrânia sempre esteve pronta para a paz.
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Eis a integra da declaração de Volodymyr Zelensky:

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