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Uma nova proposta de cessar-fogo negociada pelos Estados Unidos para reduzir as hostilidades entre Israel e o Hamas obteve o apoio do governo israelense, segundo a Casa Branca. Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, confirmou que o enviado especial Steve Witkoff apresentou ao Hamas uma proposta que conta com a aprovação de Israel. A iniciativa visa não apenas uma pausa temporária nos confrontos, mas também o retorno dos reféns ainda detidos em Gaza.
O Hamas, por sua vez, indicou que está analisando a proposta cuidadosamente. Embora ainda não tenha confirmado sua aceitação, um porta-voz do grupo declarou que a iniciativa está sendo estudada “com responsabilidade”, focando em “servir os interesses do povo de Gaza, proporcionar alívio e alcançar um alto-fogo permanente”. A revisão da proposta busca também obter garantias para a reconstrução e estabilidade na região.
A proposta, apresentada por Steve Witkoff, contempla um cessar-fogo de 60 dias entre Israel e Hamas. Durante esse período, prevê a libertação de 10 reféns vivos e 18 falecidos que permanecem em Gaza, em troca da libertação de mais de 1.100 prisioneiros palestinos, incluindo 100 condenados por ataques mortais. Além disso, seria garantido o acesso de ajuda humanitária, permitindo a entrada diária de centenas de caminhões com suprimentos essenciais em Gaza para aliviar a crítica situação da população.
Após a libertação de vários reféns em acordos anteriores, Israel intensificou suas operações militares em Gaza, com o objetivo declarado de libertar os sequestrados restantes e garantir a segurança de seus cidadãos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem insistido que o conflito continuará até que todos os reféns sejam libertados e o Hamas seja desarmado ou destruído. Sob sua liderança, Israel mantém a intenção de controlar Gaza indefinidamente, uma postura que tem sido rejeitada pelos palestinos e pela comunidade internacional devido às suas prováveis implicações legais e humanitárias.
A nova proposta de cessar-fogo reflete um ponto crítico nas negociações. Com mediadores internacionais pressionando para encontrar um caminho para a paz, as esperanças se concentram na cooperação de todas as partes para implementar medidas que aliviem a pressão humanitária e estabilizem a região.
A prolongação do conflito em Gaza gerou um notável deslocamento de pessoas e uma crise humanitária de magnitudes alarmantes. O bloqueio israelense, mantido por quase três meses, junto com as operações militares contínuas, devastou as infraestruturas e afetou aproximadamente 90% da população, forçando centenas de milhares de palestinos a viver em condições precárias em acampamentos provisórios e escolas abandonadas. A ajuda humanitária prevista na proposta de cessar-fogo tenta abordar essa crítica deterioração humanitária, e sua implementação bem-sucedida seria crucial para a situação de muitos habitantes de Gaza.
Do ponto de vista político, a administração de Netanyahu enfrenta sérias restrições para negociar um cessar-fogo permanente devido à pressão de seus parceiros de coalizão de extrema direita. Esses partidos ameaçam retirar seu apoio ao governo se for considerada a possibilidade de pôr fim à guerra muito cedo, o que poderia comprometer a posição de Netanyahu não apenas politicamente, mas também em sua defesa legal diante das acusações de corrupção que o perseguem.
(Com informações de AP, EFE e AFP)
