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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez um pronunciamento na noite de sábado (7) após o atentado a tiros contra o senador Miguel Uribe, do partido Centro Democrático. Pré-candidato à presidência e opositor do governo, Uribe foi baleado na cabeça durante um comício na zona oeste de Bogotá, por volta das 17h30, e permanece em estado crítico após ser submetido a uma cirurgia.
Durante o pronunciamento, que se estendeu até a meia-noite, Petro reforçou a importância da defesa da vida e cobrou apuração rigorosa sobre o caso. “A vida da vítima – que está em boas mãos e nas quais confiamos – e a vida do assassino, que é um menor de idade, uma criança”, disse o presidente. “As leis e as normas nos obrigam a proteger a criança por ser criança, porque se não cuidamos das crianças da pátria, não teremos pátria.”
Segundo o jornal El Tiempo, o autor dos disparos tem 15 anos e foi apreendido. Imagens de câmeras de segurança mostram a tentativa de fuga do jovem, que teria efetuado ao menos dois tiros contra as costas de Uribe. Após a prisão, o menor teria mencionado que “vai dar os números”, em referência aos supostos mandantes do crime.
Petro afirmou que os esforços do governo devem agora se concentrar na identificação dos autores intelectuais do atentado. “Todos os esforços de investigação e das agências de inteligência devem, a partir de agora, se concentrar em descobrir quem são os autores intelectuais.”
Apesar das divergências políticas com Uribe e sua família – o senador é filho da jornalista Diana Turbay, assassinada em 1991 –, Petro disse que a política deve ser livre de violência. “A principal responsabilidade de um presidente é cuidar da vida de sua própria oposição”, afirmou. “A política é livre. E sempre defendemos que ela seja livre de violência.”
O presidente reconheceu que houve falha dos protocolos de segurança e afirmou que haverá responsabilização. “Protocolos indubitavelmente foram descumpridos. Haverá responsáveis, começando pelos responsáveis por sua segurança. O dever do Estado é cuidar, ainda mais dos membros da oposição, porque se eles não têm liberdade e vida, tampouco a Colômbia terá liberdade e vida.”
Petro encerrou sua fala pedindo união nacional: “Este é um dia de dor da nação, para a sua alma. O primeiro que temos que fazer é orar e nos unir.”
