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O governo de Israel iniciou nesta terça-feira (9) o processo de deportação de 12 ativistas internacionais, entre eles jornalistas e a ativista climática sueca Greta Thunberg, detidos a bordo do veleiro Madleen, interceptado em águas internacionais enquanto tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores de Israel, os detidos foram levados ao aeroporto Ben Gurion, próximo a Tel Aviv, para deixar o país. “Os passageiros do ‘Yate dos Selfies’ chegaram ao aeroporto Ben Gurion para sair de Israel e retornar a seus países”, informou o ministério em nota.
O barco Madleen, operado pela coalizão internacional Flotilha da Liberdade, partiu da Itália no dia 1º de junho, carregando alimentos e suprimentos para Gaza. A missão buscava chamar atenção para a crise humanitária no enclave palestino, onde a ONU alerta para o risco de fome generalizada entre a população. A embarcação foi interceptada na segunda-feira (8), a cerca de 185 quilômetros da costa de Gaza, e rebocada ao porto israelense de Ashdod, onde os ativistas foram detidos.
Segundo a organização Flotilha da Liberdade, os detidos “estão sendo processados e transferidos para a custódia das autoridades israelenses”. Alguns devem ser deportados ainda nesta noite. Aqueles que se recusarem a assinar os documentos de deportação serão levados perante uma autoridade judicial israelense, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Os cônsules dos países de origem tiveram acesso aos ativistas no aeroporto.
O grupo inclui cidadãos da França, Suécia, Alemanha, Brasil, Turquia, Espanha e Países Baixos, além de dois jornalistas: Omar Fayyad, da Al Jazeera, e Yanis Mhamdi, do veículo francês Blast. A ONG Repórteres Sem Fronteiras denunciou a detenção dos repórteres e pediu sua libertação imediata. A emissora Al Jazeera classificou a interceptação como uma “incursão israelense” e também exigiu a liberação de seu correspondente.
O episódio ocorre em meio à intensificação dos apelos internacionais por um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde o bloqueio e os bombardeios israelenses têm gerado uma crise humanitária sem precedentes, segundo agências da ONU e organizações de direitos humanos.
