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Uma professora foi morta a facadas por um aluno de 15 anos nesta terça-feira (10) durante uma revista de mochilas conduzida pela polícia em uma escola da cidade de Nogent, no leste da França. O ataque ocorreu no início do dia letivo e chocou o país, que já havia intensificado os controles de segurança nas instituições de ensino após uma série de episódios violentos entre jovens.
De acordo com autoridades locais, o adolescente retirou uma faca da mochila e desferiu diversos golpes contra a docente, de 31 anos, que não resistiu aos ferimentos. O jovem foi detido e permanece sob custódia policial. Todos os 324 alunos da escola foram mantidos em confinamento por segurança, e uma equipe de apoio psicológico foi mobilizada.
“O país está de luto”, declarou o presidente francês, Emmanuel Macron, nas redes sociais. “Enquanto cuidava de nossos filhos em Nogent, uma professora perdeu a vida, vítima de um surto de violência sem sentido.”
O ataque aconteceu durante uma operação nacional de revistas aleatórias em escolas, voltada à apreensão de armas brancas e outros objetos perigosos. Segundo a administração escolar, a ação já estava programada e a instituição não apresentava histórico de violência.
A ministra da Educação, Élisabeth Borne, foi a Nogent para prestar solidariedade à comunidade escolar. Ela elogiou a conduta dos profissionais que conseguiram conter o agressor e proteger os estudantes e funcionários. O aluno responsável pelo ataque não tinha antecedentes criminais.
A tragédia reacendeu o debate sobre a escalada da violência nas escolas francesas. Em março, o governo iniciou uma campanha de revistas em colégios e áreas próximas. Em abril, após outro ataque fatal em uma escola de Nantes, o Ministério da Educação informou que 94 facas já haviam sido apreendidas em 958 revistas.
Elisabeth Allain-Moreno, secretária-geral do sindicato SE-UNSA, lamentou o ocorrido: “A professora apenas cumpria seu dever ao receber os alunos na entrada da escola. Isso mostra que não há segurança total, e que é urgente reforçar a prevenção.”
Jean-Rémi Girard, da União Nacional dos Colégios e Liceus, alertou que não é possível vigiar todos os alunos o tempo todo: “Não podemos tratar todos como ameaça. Se fizermos isso, ninguém terá forças para seguir.”
A líder da extrema direita, Marine Le Pen, criticou o que chamou de “normalização da violência extrema” e cobrou respostas mais duras. “Não se passa uma semana sem uma tragédia em uma escola. O povo francês está exausto e exige uma resposta política firme e decidida.”
