Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
As Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram na madrugada desta segunda-feira (17) uma das maiores ofensivas aéreas desde o início do conflito com o Irã, atingindo cerca de 100 alvos militares no centro do território iraniano. A principal região atacada foi Isfahan, segundo um comunicado divulgado pelo Exército israelense.
A operação contou com cerca de 50 aviões de combate, que atuaram em ondas sucessivas. As FDI afirmam que ao menos 20 mísseis terra-terra prontos para serem lançados contra Israel foram destruídos, além de mais de 120 lançadores de mísseis — o que, segundo a avaliação israelense, representaria um terço da capacidade balística operacional do Irã.
Ainda de acordo com o comunicado, os bombardeios foram realizados com base em informações fornecidas pelo Departamento de Inteligência Militar. Foram destruídos armazéns de mísseis, centros de comando e lançadores, todos parte da infraestrutura ofensiva iraniana.
Em um dos episódios mais destacados da operação, aviões israelenses identificaram em tempo real um esquadrão iraniano se preparando para lançar mísseis contra o território israelense. A Força Aérea respondeu imediatamente, eliminando os operadores e destruindo os projéteis antes que fossem lançados. O ataque preventivo foi descrito por autoridades militares como uma medida crucial para conter ameaças diretas à retaguarda de Israel.
A ofensiva em Isfahan ocorreu apenas um dia depois de outro ataque aéreo israelense na região de Teerã, onde um prédio que abrigava autoridades dos serviços de inteligência iranianos foi bombardeado.
Nesse ataque, morreram Mohammad Kazemi, chefe do serviço de inteligência da Guarda Revolucionária; seu vice, Mohammad Hassan Mahdavi; além de Mohsen Bagheri e Abu al-Fadl Nikouei, respectivamente chefe e vice-chefe do Departamento de Inteligência da Força Quds.
Segundo fontes militares israelenses, os quatro ocupavam cargos estratégicos na hierarquia de inteligência do Irã. Kazemi, no cargo desde 2022, era responsável por operações de espionagem, repressão interna e planejamento de atentados terroristas contra Israel e países do Ocidente e do Oriente Médio. Mahdavi liderava a divisão de inteligência estratégica e mantinha contato direto com agentes no exterior.
Já Bagheri e Nikouei estavam diretamente envolvidos no apoio logístico e operacional a grupos aliados ao Irã, como o Hezbollah, o Hamas, os rebeldes houthis no Iêmen e milícias pró-Irã no Iraque. Eles também atuavam no fortalecimento da presença militar iraniana na Síria e no aumento do poder bélico do Hezbollah no Líbano.
A morte desses comandantes se soma à eliminação recente do chefe do Departamento de Inteligência do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, morto na última sexta-feira. Segundo analistas, os ataques representam um golpe severo à rede de inteligência e à capacidade de projeção regional do regime iraniano.
