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Um ataque israelense atingiu o prédio da emissora estatal iraniana enquanto ela transmitia ao vivo na segunda-feira (16). A explosão interrompeu bruscamente a programação: a âncora fugiu da bancada entre fumaça e escombros, e a tela escureceu logo em seguida. Meia hora depois, a TV estatal retomou a transmissão a partir de um novo estúdio.
O ataque marca uma ampliação da ofensiva aérea de Israel no Irã, que até então alegava estar focada apenas em alvos ligados aos programas nuclear e de mísseis iranianos. Desta vez, o bombardeio teve como alvo direto a sede da rádio e televisão pública, localizada em uma área residencial de Teerã.
Autoridades israelenses ordenaram a evacuação de várias regiões da capital iraniana, incluindo o bairro onde fica o prédio da TV estatal. Ainda não está claro quantos civis conseguiram deixar a área, nem se seria possível realizar uma evacuação em larga escala em tão pouco tempo.
De acordo com o Ministério da Saúde do Irã, os bombardeios israelenses desde sexta-feira (14) já deixaram cerca de 250 mortos. Por outro lado, os ataques com mísseis disparados pelo Irã contra Israel resultaram em 24 mortes, segundo os serviços de emergência israelenses. Um dos projéteis iranianos atingiu uma refinaria de petróleo na cidade de Haifa nesta segunda.
O Exército de Israel afirmou ter assumido o controle total do espaço aéreo sobre Teerã após neutralizar os sistemas de defesa antiaérea do Irã. Segundo militares israelenses, havia uma oportunidade operacional no fim de semana para assassinar o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, mas a iniciativa foi barrada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
Israel solicitou formalmente à administração Trump que entre na guerra para ajudar a eliminar instalações subterrâneas de enriquecimento de urânio no Irã, mas até o momento os EUA têm se limitado a fornecer apoio defensivo a Israel.
Antes do ataque ao prédio da emissora, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, havia alertado que a “boca da propaganda iraniana seria silenciada”. Após o bombardeio, ele reiterou que os moradores de Teerã “vão pagar o preço” pelos ataques contra cidades israelenses, mas depois esclareceu que se referia à evacuação de civis e não a ataques deliberados contra a população.
