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Durante reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (20), o embaixador de Israel, Danny Danon, acusou o governo iraniano de tentar assassinar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“O senhor [embaixador iraniano Amir-Saeid Iravani] nem sequer é um diplomata. O senhor é um lobo fingindo ser diplomata, e nós já cansamos de fingir o contrário. Seu governo tentou o assassinato do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e tentou o assassinato do presidente Trump”, declarou Danon durante a sessão.
Na mesma reunião, o embaixador iraniano Amir-Saeid Iravani acusou Israel de cometer “crimes de guerra” contra civis iranianos. “Pelo menos duas mulheres grávidas e seus bebês ainda não nascidos foram mortos no mesmo dia em que Israel atacou a emissora Irib (Islamic Republic of Iran Broadcasting) durante uma transmissão ao vivo”, afirmou Iravani, referindo-se ao ataque ocorrido na segunda-feira (16).
Em resposta, Danon rebateu dizendo que o Irã mira civis nos seus ataques. Ele destacou um bombardeio iraniano contra o Hospital Soroka, no sul de Israel, na madrugada da última quinta-feira (19), que feriu 71 pessoas, mas não deixou mortos. “Não pedimos desculpas por nos defendermos”, afirmou o embaixador israelense.
Danon também ressaltou que Israel não vai encerrar sua operação até que a “ameaça nuclear” iraniana seja desmantelada, lembrando que, no início do conflito, o país bombardeou instalações nucleares iranianas.
A reunião foi convocada a pedido do Irã, que buscava apoio internacional contra os ataques israelenses. Danon questionou a legitimidade do pedido e a postura do governo iraniano: “Por anos, o seu líder supremo [o aiatolá Ali Khamenei] tem defendido a destruição do Estado de Israel e dos EUA. Como você se atreve a mandar cinco cartas a este conselho solicitando esta sessão para pedir apoio à comunidade internacional?”, disse.
O embaixador iraniano respondeu que, caso o Conselho de Segurança não tome providências contra Israel, “enviará a mensagem de que o direito internacional e as resoluções se aplicam seletivamente”. Iravani defendeu que o Irã exerce o direito “legítimo” de autodefesa e afirmou que a situação atual foi agravada por indícios de envolvimento dos Estados Unidos.
