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O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu neste domingo (22) uma rara alerta mundial de segurança, após forças americanas realizarem ataques aéreos contra instalações nucleares no Irã. A medida reforça os temores de possíveis represálias em países do Oriente Médio e outras regiões, além de elevar o nível de atenção da diplomacia norte-americana diante da crescente tensão internacional.
O comunicado, publicado no site oficial do governo dos EUA, orienta cidadãos americanos a redobrarem os cuidados em viagens internacionais, citando riscos de protestos, distúrbios e possíveis ataques contra alvos ou interesses dos EUA no exterior.
A escalada teve início com o anúncio do ex-presidente Donald Trump, que confirmou que os EUA realizaram ataques de precisão contra instalações nucleares iranianas, incluindo os complexos de Fordo, Natanz e Isfahan. As ações, conduzidas com bombardeiros B-2 e mísseis Tomahawk, representam uma intervenção direta de grande impacto e geraram preocupações quanto à estabilidade global.
Como reflexo imediato, o Departamento de Estado aumentou o número de voos de evacuação de emergência saindo de Israel com destino à Europa e ordenou a retirada de funcionários não essenciais da embaixada dos EUA em Beirute, no Líbano. Familiares de diplomatas também estão sendo retirados diante do que o governo classificou como uma “situação de segurança volátil e imprevisível”.
Evacuações e recomendações regionais
Em países como Arábia Saudita e Turquia, cidadãos americanos foram aconselhados a manter o máximo de cautela. Em Riad, foi recomendado evitar deslocamentos para áreas com presença militar, enquanto em Adana, na Turquia — onde está localizada a base aérea de Incirlik, usada pela OTAN —, funcionários do consulado foram instruídos a manter discrição e a não se aproximar da região.
Documentos internos citados pela agência Associated Press indicam que mais de 7.900 cidadãos americanos solicitaram ajuda para deixar Israel, enquanto mais de 1.000 tentaram sair do Irã — onde os EUA não mantêm presença diplomática direta. No sábado (21), 67 americanos foram evacuados em dois voos com destino a Atenas. Outros três voos foram cancelados devido ao fechamento do espaço aéreo israelense. Seis novas decolagens para a Grécia, uma para Roma e outra para o Chipre estão previstas para segunda-feira (23).
Um cruzeiro com mais de mil cidadãos americanos — incluindo centenas de jovens judeus que participavam de uma excursão — atracou em Chipre durante a operação de retirada. No Iraque, o processo de retirada de pessoal não essencial das representações diplomáticas em Bagdá e Erbil segue em andamento, após ter sido iniciado ainda no dia 12 de junho.
Tensão crescente e protocolos reforçados
Nos países vizinhos ao Irã e a Israel, as embaixadas dos EUA foram orientadas a revisar seus protocolos de segurança e enviar relatórios atualizados ao Departamento de Estado até o fim de semana. Em Jerusalém, a embaixada americana já havia iniciado o processo de retirada de cidadãos antes mesmo da confirmação oficial dos ataques aéreos.
O alerta global também recomenda que os cidadãos acessem o site de informações consulares dos EUA para verificar as advertências específicas de cada país antes de qualquer viagem. A possibilidade de retaliações, diretas ou indiretas, contra instalações diplomáticas e bases militares americanas voltou a ser uma das principais preocupações da política externa dos EUA.
Diante do cenário de instabilidade, o Departamento de Estado reforça que os cidadãos devem evitar aglomerações, manter-se informados e seguir rigorosamente as orientações das autoridades locais e das representações diplomáticas americanas.
