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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu neste domingo (22) a possibilidade de um “câmbio de regime” no Irã, um dia após os bombardeios americanos contra três centrais nucleares iranianas.
“Não é politicamente correto usar o termo ‘câmbio de regime’, mas se o atual regime iraniano não pode TORNAR O IRÃ GRANDE DE NOVO, por que não haveria um câmbio de regime?”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social. O mandatário concluiu sua mensagem com as siglas MIGA, em referência a “Make Iran Great Again” (Tornar o Irã Grande de Novo), emulando seu famoso lema de campanha “Make America Great Again”.
Em outra publicação na mesma plataforma, Trump assegurou que os danos às instalações nucleares iranianas após o ataque de sábado à noite são “monumentais”. “Os impactos foram contundentes e precisos. Nosso Exército demonstrou grande habilidade. Obrigado!”, apontou.
As declarações de Trump ocorrem após seu governo, ao longo do dia, negar que os Estados Unidos estejam em guerra contra o Irã devido ao ataque.
Divergências na Cúpula do Governo Americano
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmou que a operação nunca teve como objetivo buscar um “câmbio de regime” no Irã, mas sim desmantelar seu programa nuclear. Da mesma forma, o secretário de Estado, Marco Rubio, explicou que os Estados Unidos não planejam novas operações militares e convidou Teerã a sentar-se para negociar um acordo que ponha fim ao seu enriquecimento de urânio.
“Não estamos em guerra com o Irã. Estamos em guerra com o programa nuclear iraniano. E estamos incrivelmente gratos e orgulhosos dos pilotos da Força Aérea americana que fizeram um trabalho incrível na noite passada”, declarou o vice-presidente, JD Vance.
O Irã, por sua vez, prometeu retaliações pelo ataque às centrais nucleares de Isfahan, Natanz e Fordow. A operação, batizada de “Midnight Hammer” (Martelo da Meia-Noite), foi descrita pelo Pentágono como o maior bombardeio com aviões B-2 da história.
Rebatendo Críticas e Alerta de Evacuação
Respondendo às críticas de um legislador republicano, o presidente Donald Trump disse que os Estados Unidos haviam tirado “a ‘bomba’” do Irã ao atacar três sítios nucleares. Neste domingo, Trump publicou uma extensa censura ao representante Thomas Massie, republicano do Kentucky, que havia afirmado que Trump precisava da aprovação do Congresso para lançar o ataque aéreo.
“Ontem tivemos um sucesso militar espetacular, tirando a ‘bomba’ das mãos deles (e eles a usariam se pudessem!)”, disse Trump no Truth Social. O presidente dos Estados Unidos afirmou que Massie não faz parte de seu movimento “Make America Great Again”, declarando: “Massie não é MAGA, embora goste de dizer. Na verdade, MAGA não o quer, não o conhece e não o respeita”.
Enquanto isso, o Departamento de Estado duplicou o número de voos de evacuação de emergência oferecidos a cidadãos americanos que desejam sair de Israel. O Departamento também ordenou a saída do pessoal não essencial da Embaixada dos Estados Unidos no Líbano e está intensificando as advertências de viagem no Oriente Médio, diante da preocupação de que o Irã possa retaliar contra os interesses americanos na região.
Em avisos internos e públicos, o departamento aumentou significativamente durante o fim de semana suas recomendações de precaução aos americanos no Oriente Médio. Em um aviso deste domingo, o departamento disse ter ordenado que o pessoal não essencial e as famílias do pessoal da Embaixada dos EUA em Beirute deixassem o Líbano “devido à situação de segurança volátil e imprevisível na região”.
(Com informações da EFE e AP)
