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O líder do partido português de direita Chega, deputado André Ventura, anunciou nesta segunda-feira (23) que a sigla abrirá uma investigação própria para apurar a “influência, patrimônio e rede de interesses” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes em território português.
Em publicação nas redes sociais, Ventura afirmou ter recebido “milhares de denúncias” relacionadas ao magistrado brasileiro e citou a proximidade entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e figuras influentes em Portugal.
“Depois de milhares de denúncias recebidas, o CHEGA irá fazer uma investigação própria à influência, património e rede de interesses do ministro do STF Gilmar Mendes, em Portugal. Todos sabemos que o Governo Lula e os seus amigos tiveram e ainda têm em Portugal um lote grande de amigos que lhes apara os golpes, mesmo tendo em conta a ditadura em que o Brasil se está a tornar. Esse tempo, no que depender do CHEGA, vai acabar”, declarou o parlamentar.
Gilmar Mendes é um dos anfitriões do Fórum de Lisboa, que chega à sua 13ª edição entre os dias 2 e 4 de julho. O evento, informalmente apelidado de “Gilmarpalooza” – em referência ao festival de música Lollapalooza – se consolidou como um dos principais encontros entre integrantes do Judiciário, empresários e políticos brasileiros em solo europeu.
A edição deste ano contará com a presença de ao menos seis ministros do STF, oito do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e cinco do Tribunal de Contas da União (TCU). Também estão confirmados nomes do setor empresarial, como o chairman do BTG Pactual, André Esteves, e o CEO do iFood, Diego Barreto.
O evento é organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) – fundado por Gilmar Mendes, pelo procurador-geral da República Paulo Gonet e pelo ex-PGR Inocêncio Coelho – e pelo Lisbon Public Law (LPL), da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
