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Delegações de Israel, Estados Unidos e Hamas se reúnem nesta segunda-feira (6) em Sharm el-Sheikh, no Egito, para tentar avançar em um acordo que ponha fim à guerra na Faixa de Gaza. O encontro acontece às vésperas do segundo aniversário do ataque de 7 de outubro de 2023, que desencadeou o conflito.
De acordo com mediadores, tanto Israel quanto o Hamas responderam de forma positiva ao plano proposto pelo ex-presidente Donald Trump, que prevê o fim dos combates e a libertação de reféns em Gaza em troca da soltura de palestinos presos em Israel. Os detalhes, porém, ainda precisam ser acertados.
Horas antes da reunião, o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, elogiou a proposta: “Um cessar-fogo, o retorno dos prisioneiros e detidos, a reconstrução de Gaza e o início de um processo político pacífico que conduza ao estabelecimento e reconhecimento do Estado palestino significa que estamos no caminho certo para uma paz e estabilidade duradouras”, declarou.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou no sábado (4) que espera a libertação dos reféns “em questão de dias”. Já Trump escreveu em sua rede Truth Social, no domingo, que “houve discussões muito positivas com o Hamas” e outras partes para encerrar a guerra, acrescentando que as conversas “avançam rapidamente” e que “a primeira fase deve ser concluída nesta semana”.
Trump enviou seu enviado especial, Steve Witkoff, e o genro, Jared Kushner, para auxiliar nas negociações. O Hamas confirmou que o chefe negociador, Khalil al-Hayya, chegou ao Egito na noite de domingo, enquanto Netanyahu informou que a delegação israelense viajaria ao país nesta segunda.
Após meses de impasse nas tentativas de mediação de EUA, Egito e Catar, ministros das Relações Exteriores de diversos países expressaram otimismo, descrevendo as tratativas como uma “oportunidade real” para alcançar um cessar-fogo duradouro.
No domingo, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, pediu a Israel que interrompesse os bombardeios antes das conversas, afirmando: “não se podem liberar reféns em meio a bombardeios”.
Troca de reféns e prisioneiros
Segundo Trump, a primeira etapa prevê a libertação de todos os reféns — vivos e mortos — em até 72 horas, em troca da soltura de 250 prisioneiros palestinos condenados à prisão perpétua e mais de 1.700 detidos de Gaza durante a guerra.
De acordo com o ex-presidente, “uma vez completado o intercâmbio, criaremos as condições para a próxima fase de retirada”. O plano também prevê uma retirada gradual de Israel da Faixa de Gaza e o desarmamento do Hamas, condição que o grupo já classificou como uma “linha vermelha”.
O Hamas insiste em participar do futuro político do território, mas a proposta norte-americana determina que nem o grupo nem outras facções terão papel no governo de Gaza. Segundo o esboço, a administração seria entregue a um órgão tecnocrático, supervisionado por uma autoridade transicional pós-guerra liderada por Trump, com participação do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
(Com informações da AFP)