Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Qatar, Estados Unidos e Turquia participam da terceira rodada de negociações entre Israel e Hamas, realizada nesta quarta-feira (8), na cidade turística de Sharm El-Sheikh, no Egito. O encontro busca avançar em um acordo que encerre o conflito na Faixa de Gaza, com base em um plano de 20 pontos proposto pelo presidente norte-americano Donald Trump.
A rodada conta com a presença do primeiro-ministro do Qatar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani; do chefe da inteligência turca, Ibrahim Kalin; do enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff; e do genro do presidente dos Estados Unidos, Jared Kushner.
Trump fala em “chance real” de paz
Durante pronunciamento na Casa Branca, Trump afirmou que há uma “possibilidade real de progresso” no processo de paz.
“Existe uma chance concreta de que possamos alcançar algo. Acreditamos que há uma oportunidade de trazer paz ao Oriente Médio — algo que vai além da situação em Gaza. Queremos a libertação imediata dos reféns”, declarou o presidente.
Segundo Trump, os Estados Unidos farão “todo o possível para garantir que todos cumpram o acordo”, caso Hamas e Israel cheguem a um cessar-fogo.
Hamas pede garantias de fim definitivo da guerra
O principal negociador do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou que o grupo busca “garantias do presidente Trump e dos países mediadores de que a guerra terminará de uma vez por todas”.
O plano norte-americano prevê um cessar-fogo imediato, a libertação de todos os reféns, o desarmamento do Hamas e uma retirada gradual das tropas israelenses da Faixa de Gaza.
Uma fonte palestina próxima à equipe negociadora disse à agência AFP que, na sessão de terça-feira (7), o Hamas analisou “os mapas preliminares apresentados por Israel sobre a retirada de tropas, além do cronograma e dos mecanismos para o intercâmbio de reféns e prisioneiros”.
Negociações ocorrem em meio a data simbólica
As conversas coincidem com a semana de lembrança dos dois anos do ataque de 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas realizaram o ataque mais mortal da história de Israel, durante o encerramento da festividade judaica de Sucot.
Na ocasião, 1.219 pessoas foram mortas, em sua maioria civis, e 251 reféns foram capturados — dos quais 47 permanecem em cativeiro, incluindo 25 considerados mortos pelo exército israelense.
A ofensiva israelense lançada após o ataque provocou devastação em Gaza e uma grave crise humanitária. A ONU alertou para o risco de fome generalizada na região, onde milhares de civis foram mortos e a infraestrutura básica está em colapso.
ONU classifica situação como “moralmente inaceitável”
A presidente da Assembleia Geral da ONU, Annalena Baerbock, classificou como “politicamente e moralmente inaceitável” a situação atual na Faixa de Gaza.
Por meio da porta-voz La Neice Collins, Baerbock e o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediram um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns, o desarmamento do Hamas e a entrada irrestrita de ajuda humanitária no território.
A ONU também condenou a morte de milhares de civis, a destruição de infraestruturas e o deslocamento forçado da população local, reiterando a urgência de um acordo que ponha fim ao conflito.
(Com informações da AFP)