Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O Exército de Israel anunciou nesta quinta-feira (9) o início dos “preparativos operacionais” para o replanejamento de suas tropas na Faixa de Gaza, após o acordo alcançado com o Hamas para implementar a primeira fase do plano proposto pelo presidente norte-americano Donald Trump.
“Após instruções do nível político e de acordo com a análise da situação, as Forças de Defesa de Israel (FDI) começaram os preparativos operacionais para a implementação do acordo”, afirmou a instituição militar em comunicado divulgado no X.
Segundo o texto, o processo inclui “protocolos de combate para a transição a linhas de posicionamento ajustadas em breve”, mas ressalta que as FDI permanecem deslocadas na região e prontas para qualquer eventualidade operacional.
O presidente Trump revelou em sua rede Truth Social que as partes aceitaram sua proposta após negociações realizadas no Egito. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou a data como “um grande dia para Israel” e anunciou uma reunião de seu gabinete ainda nesta quinta-feira para formalizar o acordo.
O Hamas, por sua vez, confirmou que o acordo prevê “o fim da guerra em Gaza, a retirada das forças de ocupação, a entrada de ajuda humanitária e a troca de prisioneiros”.
Horas antes, as FDI informaram que, durante uma avaliação realizada na noite de quarta-feira, o Chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, instruiu todas as forças, tanto na linha de frente quanto nas áreas de retaguarda, a preparar defesas sólidas e estar prontas para qualquer cenário. Zamir também ordenou que a operação de retorno dos reféns fosse conduzida com “sensibilidade e profissionalismo”.
Desde os Estados Unidos, Trump descreveu o acordo como “paz no Oriente Médio”, ressaltando o apoio de Egito, Catar, Turquia e ONU nas negociações com o Hamas. O presidente norte-americano afirmou que a liberação de reféns será realizada provavelmente na segunda-feira, destacando que esforços para resgatar os cativos continuam em andamento.
Sobre as próximas etapas, Trump adiantou: “Veremos a reconstrução de Gaza. Estamos formando um Conselho de Paz, assim acreditamos que será chamado, e será muito poderoso”. Ele destacou ainda que outros países da região contribuirão para a reconstrução do enclave, tornando Gaza mais segura.
A primeira fase do acordo, que será assinada nesta quinta-feira no Egito, prevê que o Hamas libere cerca de 20 reféns vivos nas próximas 72 horas, enquanto o Exército israelense se retire do território palestino.
Durante as negociações no Cairo, o Hamas apresentou uma lista de prisioneiros palestinos que deseja libertar nesta etapa da trégua. Em contrapartida, o grupo islâmico se compromete a liberar os 47 reféns restantes, vivos ou mortos, capturados no ataque de 7 de outubro de 2023.
Atualmente, o Hamas ainda mantém 47 pessoas em cativeiro em Gaza, sendo que autoridades israelenses estimam que pelo menos 20 continuam vivos, enquanto os demais teriam sido mortos. A maioria dos reféns é de nacionalidade israelense, mas entre eles estão cinco estrangeiros: três tailandeses, um tanzano e um nepalês. Também há dois cidadãos com dupla nacionalidade israelense e americana presumidamente mortos.