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A Casa Branca criticou o Comitê Norueguês do Nobel nesta sexta-feira (10) após a concessão do Prêmio Nobel da Paz à líder opositora venezolana María Corina Machado, deixando de fora a candidatura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“O Comitê do Nobel demonstrou que prioriza a política acima da paz”, afirmou o diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung.
Cheung acrescentou que “o presidente Trump continuará promovendo acordos de paz, encerrando guerras e salvando vidas. Ele tem um coração humanitário, e nunca haverá alguém como ele capaz de mover montanhas com a pura força de sua vontade”.
Desde que retornou à Casa Branca para seu segundo mandato em janeiro, Trump afirmou repetidamente que merecia o Nobel pelo seu papel na resolução de diversos conflitos, embora observadores considerem essa alegação exagerada. Próximo ao anúncio do prêmio, Trump destacou sua mediação na primeira fase do cessar-fogo em Gaza como a oitava guerra que teria ajudado a encerrar, mas afirmou: “Fizeram o que fizeram, tudo bem. Sei que não foi por isso, fiz porque salvei muitas vidas”.
Especialistas em Nobel em Oslo já haviam indicado que Trump não tinha chances de receber o prêmio, apontando que suas políticas de “Estados Unidos primeiro” contradizem os ideais do Prêmio Nobel da Paz, conforme estabelecido no testamento de Alfred Nobel de 1895.
O Comitê Norueguês do Nobel justificou a escolha de María Corina Machado afirmando que ela cumpre os três critérios estabelecidos por Alfred Nobel para a seleção do prêmio. Segundo o comitê, Machado unificou a oposição em seu país, manteve firme resistência à militarização da sociedade venezolana e apoiou de forma consistente uma transição pacífica para a democracia.
O comitê acrescentou que Machado “demonstrou que as ferramentas da democracia também são ferramentas de paz” e que ela representa a esperança de um futuro diferente, no qual os direitos fundamentais dos cidadãos sejam protegidos e suas vozes ouvidas.
O comunicado destacou ainda que “como líder do movimento pela democracia na Venezuela, Machado é um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos” e lembrou que ela foi uma figura-chave e unificadora em uma oposição antes profundamente dividida, que encontrou consenso na exigência de eleições livres e de um governo representativo.
O texto também lembrou que “a Venezuela evoluiu de um país relativamente democrático e próspero para um estado brutal e autoritário, com crise humanitária e econômica, repressão sistemática da oposição, fraude eleitoral e perseguição legal”.
A primeira reação de Maria Corina Machado após receber o Prêmio Nobel da Paz