Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A líder opositora venezuelana María Corina Machado enviou uma mensagem ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após ser agraciada com o Prêmio Nobel da Paz 2025.
“Este imenso reconhecimento à luta de todos os venezuelanos é um impulso para concluir nossa tarefa: conquistar a Liberdade”, escreveu Machado em sua conta no X. Ela reforçou:
“Estamos no limiar da vitória e hoje, mais do que nunca, contamos com o presidente Trump, o povo dos Estados Unidos, os povos da América Latina e as nações democráticas do mundo como nossos principais aliados para alcançar a Liberdade e a democracia. Venezuela será livre!”
O Comitê Norueguês do Nobel justificou a premiação destacando a “incansável luta em favor dos direitos democráticos do povo da Venezuela e a busca por uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
Segundo o comitê, Machado atende aos três critérios estabelecidos no testamento de Alfred Nobel para o Prêmio da Paz: ela unificou a oposição venezuelana, resistiu à militarização da sociedade e apoiou firmemente uma transição pacífica para a democracia. “Ela demonstrou que as ferramentas da democracia também são ferramentas da paz”, ressaltou o comitê.
O documento ainda destacou que, como líder do movimento pela democracia na Venezuela, Machado é “um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos” e uma figura-chave na oposição que antes estava profundamente dividida, mas encontrou unidade na exigência de eleições livres e governo representativo.
O comunicado lembrou que a Venezuela passou de um país relativamente democrático e próspero para um estado autoritário, marcado por crise humanitária e econômica, repressão à oposição, fraude eleitoral e perseguição legal.
Antes das eleições de 2024, Machado foi bloqueada pelo regime para concorrer à presidência e, posteriormente, apoiou o representante de outro partido, Edmundo González Urrutia. Apesar de ameaças, prisões e risco de tortura, centenas de milhares de voluntários atuaram como observadores eleitorais, garantindo a transparência das eleições.
O comitê enfatizou que os esforços da oposição, tanto antes quanto durante as eleições, foram “inovadores, corajosos, pacíficos e democráticos”, mesmo diante da recusa do regime em aceitar os resultados oficiais.
Além disso, o comitê ressaltou que “a democracia é pré-requisito para uma paz duradoura” e alertou que a repressão na Venezuela reflete um cenário global de regimes autoritários que silenciam a imprensa, prendem críticos e promovem a militarização da sociedade.
O Comitê Norueguês do Nobel lembrou que, ao longo da história, premiou pessoas e organizações que enfrentaram a repressão e mostraram que a resistência pacífica pode mudar o mundo. “Machado teve que viver escondida, mas, mesmo sob graves ameaças, permaneceu no país, inspirando milhões de pessoas”, destacou.
No ano passado, Machado e González Urrutia foram premiados com o Prêmio Sájarov, maior reconhecimento da União Europeia em direitos humanos.
