Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embarcou neste domingo (12) rumo a Tel Aviv, em uma viagem que marca o início de sua celebração pela assinatura do acordo de paz entre Israel e o grupo Hamas, dois anos após os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023.
Antes de embarcar no Air Force One, na base aérea de Andrews, em Maryland, Trump conversou com jornalistas sob forte vento, afirmando que o momento representa “um feito inédito de união entre povos historicamente opostos”.
“Há 500 mil pessoas, ontem e hoje, em Israel e também nos países muçulmanos e árabes, todos comemorando. Isso nunca aconteceu antes. Geralmente, quando um celebra, o outro não. É a primeira vez que todos estão felizes. É uma honra fazer parte disso”, declarou o presidente.
Trump deve chegar a Tel Aviv por volta das 9h da manhã (horário local), onde se reunirá com famílias de reféns que estavam sob o poder do Hamas e, em seguida, fará um pronunciamento ao Knesset, o parlamento israelense.
Após o discurso, o presidente seguirá para Sharm El-Sheikh, no Egito, onde participará de uma cerimônia oficial de paz no Oriente Médio antes de retornar a Washington.
Na quarta-feira (8), Trump havia anunciado que Israel e Hamas aprovaram a primeira fase de seu plano de paz, considerado o passo mais significativo para o fim da guerra em Gaza.
“Isso significa que todos os reféns serão libertados em breve e que Israel retirará suas tropas para uma linha previamente acordada, como primeiro passo em direção a uma paz forte, duradoura e permanente”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.
“Todos os lados serão tratados de forma justa! Este é um grande dia para o mundo árabe e muçulmano, para Israel, para as nações vizinhas e para os Estados Unidos. Agradecemos aos mediadores do Catar, Egito e Turquia que nos ajudaram a tornar este evento histórico possível. Bem-aventurados os pacificadores!”
De acordo com fontes da Associated Press, o acordo prevê a libertação de 20 reféns vivos mantidos pelo Hamas em troca da libertação de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, além da retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza.
“O mundo inteiro se uniu por esta causa. Israel e todos os países da região estão juntos. É um dia fantástico para todos”, disse Trump à Reuters. “Um dia maravilhoso para o mundo.”
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que o governo deve se reunir na quinta-feira para ratificar o acordo e comemorou o avanço.
“Com a ajuda de Deus, traremos todos para casa”, declarou.
O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou em entrevista à NBC que não há planos para enviar tropas americanas a Israel, embora o país monitore o cumprimento do cessar-fogo por meio do Comando Central dos EUA (CENTCOM).
“Eles vão acompanhar os termos do cessar-fogo, garantir que a ajuda humanitária chegue e confirmar a retirada de Israel para as linhas acordadas”, explicou Vance. “Mas o presidente não planeja colocar soldados americanos em solo israelense.”
A comitiva de Trump em Israel contará com membros do governo e familiares, incluindo Ivanka Trump e Jared Kushner, que participaram de um evento chamado “Bring Them Home” (Tragam-nos de volta), realizado na Praça dos Reféns, em Tel Aviv.
Durante o ato, Ivanka discursou para familiares das vítimas e reféns, destacando a força e a fé do povo israelense.
“Estou impressionada com a coragem dessas famílias em meio ao sofrimento. O presidente me pediu para dizer que ele os vê, os ouve e está com vocês sempre”, afirmou.
“O retorno de cada refém não é apenas um momento de alívio, mas um triunfo da fé, da coragem e da humanidade compartilhada.”
O acordo de paz mediado pelos EUA representa o maior avanço diplomático no Oriente Médio desde os Acordos de Abraão, e, segundo a Casa Branca, abre caminho para uma nova fase de estabilidade regional, com monitoramento internacional para garantir o cumprimento das etapas previstas.