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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que sua administração está considerando encerrar negócios com a China relacionados ao óleo de cozinha como forma de retaliação após Pequim se recusar a comprar soja americana.
Em postagem na rede social Truth Social, Trump classificou a ação chinesa como um “ato economicamente hostil”, afirmando que o país está “propositadamente deixando de comprar nossa soja e causando dificuldades para nossos agricultores”.
Entre as medidas de retaliação que estão sendo avaliadas, Trump citou o fim de negócios com a China envolvendo óleo de cozinha e outros produtos comerciais. “Por exemplo, podemos produzir óleo de cozinha facilmente aqui, não precisamos comprá-lo da China”, escreveu.
A China tem sido, historicamente, o maior comprador de soja dos EUA, importando cerca de 27 milhões de toneladas métricas, avaliadas em quase US$ 12,8 bilhões em 2024. No entanto, em meio a uma guerra comercial latente com a administração Trump, Pequim não comprou soja americana desde maio deste ano.
Com tarifas retaliatórias sobre produtos norte-americanos tornando a soja mais cara para importadores chineses, a China tem buscado fornecedores na América do Sul, incluindo a Argentina. Nesse contexto, o governo argentino teria suspendido impostos sobre exportações no mesmo dia em que a administração Trump anunciou um swap cambial de US$ 20 bilhões para fortalecer a economia do país. O presidente argentino, Javier Milei, visitou Trump na Casa Branca na terça-feira, horas antes do líder americano emitir a ameaça contra a China.
Enquanto isso, as exportações chinesas de óleo de cozinha usado atingiram níveis recordes em 2024, com os Estados Unidos representando 43% do total.
As declarações de Trump seguem uma sequência de críticas recentes à China, gerando incertezas sobre as negociações comerciais em andamento e provocando volatilidade no mercado financeiro. O índice S&P 500 caiu logo após a postagem de Trump, encerrando o dia no vermelho após uma sessão instável.
Na última sexta-feira, as ações caíram novamente após Trump ameaçar aumentar drasticamente tarifas sobre importações chinesas, em retaliação a novos controles de exportação da China sobre minerais de terras raras. Mais tarde, o presidente anunciou que imporia uma tarifa adicional de 100% sobre importações chinesas a partir de 1º de novembro.
No domingo, Trump amenizou o tom, escrevendo: “Não se preocupem com a China, vai dar tudo certo!”. Após isso, o mercado acionário apresentou recuperação generalizada na segunda-feira.