Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. O Museu do Louvre reabriu suas portas nesta quarta-feira (22) em Paris, atraindo longas filas de visitantes sob a famosa pirâmide de vidro, poucos dias após um dos roubos mais notórios da história recente da França. O assalto, ocorrido a apenas 250 metros da Mona Lisa, foi comparado pelas autoridades ao impacto do incêndio de Notre-Dame em 2019. Após três dias de inspeções forenses e reuniões internas, o Louvre retomou as atividades, embora a Sala Apolo — onde as joias imperiais foram roubadas — permaneça fechada ao público, com vitrines vazias e sob forte vigilância. Segundo as autoridades, os ladrões permaneceram menos de quatro minutos dentro do museu, acessaram a fachada sul, junto ao rio Sena, usando um montacargas, arrombaram uma janela, quebraram as vitrines e fugiram em motocicletas pelo centro de Paris. As alarmes acionadas mobilizaram imediatamente a equipe do museu, mas o roubo já havia sido consumado. O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu aos ministros reforço imediato da segurança no Louvre após o incidente, que resultou na perda de joias avaliadas em mais de 100 milhões de dólares, segundo uma porta-voz do governo. “Durante a reunião do Conselho de Ministros, Macron disse que medidas de segurança estão sendo implementadas e pediu que fossem aceleradas”, declarou Maude Bregeon durante a reabertura.
Entre os itens roubados estão oito peças de alto valor histórico: uma tiara de safiras, colares e brincos das rainhas Marie-Amélie e Hortense, joias de esmeraldas da imperatriz Marie-Louise (segunda esposa de Napoleão Bonaparte), broches relicários e uma tiara de diamantes de Eugênia de Montijo. Uma nona peça, a coroa imperial de esmeraldas e diamantes, foi encontrada danificada após o roubo. O valor estimado do saque é de 88 milhões de euros (aproximadamente 102 milhões de dólares), de acordo com a promotora Laure Beccuau, que destacou a importância histórica e cultural das peças e manifestou preocupação de que os ladrões tentem vender as gemas ou fundir os metais no mercado negro. A investigação envolve cerca de 100 policiais e já identificou quatro suspeitos filmados na cena do crime. Até o momento, nenhuma prisão foi realizada e as joias continuam desaparecidas. O caso reacendeu o debate sobre a segurança em museus franceses e levou a presidente e diretora do Louvre, Laurence des Cars, a prestar esclarecimentos à Comissão de Cultura do Senado. Reformas de segurança, incluindo um novo centro de controle e ampliação da rede de câmeras de vigilância, estão em fase de implementação.
O incidente também expôs reivindicações sindicais sobre a falta de pessoal para proteger uma coleção de mais de 33 mil objetos, situação que já havia motivado uma greve em junho por excesso de trabalho e superlotação. Enquanto isso, atrações como a Vênus de Milo e a Vitória Alada de Samotrácia foram reabertas, mas o fechamento da Galeria Apolo e a presença de vitrines lacradas ressaltam a vulnerabilidade recente do patrimônio nacional, gerando preocupação social e política sobre os níveis de proteção no museu mais visitado do mundo. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]