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O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, fez um apelo à paz nesta quinta-feira, rejeitando a guerra e defendendo a harmonia durante declarações transmitidas pela televisão estatal.
Em uma mistura de espanhol e inglês, Maduro declarou: “No a la guerra… Sí a la paz, para siempre” (Não à guerra… Sim à paz, para sempre).
Maduro se referiu à sua mensagem como “linguagem tarzânica”, em referência à sua pouca habilidade para falar inglês, comparando-se à forma de falar do personagem Tarzan. Ele concluiu reafirmando sua postura: “No a la guerra de los locos, no a la locura de la guerra” (Não à guerra dos loucos, não à loucura da guerra).
As declarações do ditador ocorrem em um contexto no qual os Estados Unidos têm intensificado suas operações militares contra narcotraficantes no Caribe e no Pacífico.
Os ataques no Caribe causaram a morte de pelo menos 32 pessoas, mas o governo Trump forneceu poucos detalhes, como a quantidade de supostas drogas que os navios atacados transportavam ou quais evidências específicas existiam para sugerir o transporte de entorpecentes.
Trump também reiterou seus planos de atacar alvos terrestres na Venezuela, o que representaria uma escalada no conflito. Ele disse que, caso tome essa medida, seu governo provavelmente informará o Congresso dos Estados Unidos.
Maduro negou qualquer envolvimento com o narcotráfico e condenou os ataques americanos como violações da soberania venezuelana.
Maduro exortou a sociedade venezuelana nesta quinta-feira a iniciar “uma greve geral, insurrecional, revolucionária” caso ocorra no país um ataque que subverta a soberania do Estado, após o anúncio do presidente americano, Donald Trump, de ataques por terra, embora sem indicar o país ou os países que seriam alvo.
“Se algum dia eles se atreverem (as forças estrangeiras) por aqui ou por ali, aqui está o maior escudo que o país tem, a classe operária. Não se moveria um alfinete e seria declarada uma greve geral, insurrecional, revolucionária da classe operária camponesa nas ruas até que o poder fosse retomado para fazer uma revolução ainda mais radical”, afirmou Maduro em um discurso transmitido pela Globovisión.
Nesse sentido, ele incentivou a sociedade venezuelana: “se eles se atreverem, irmãos e irmãs, tomem isto como uma ordem”. “A ordem está dada”, enfatizou.
Maduro também defendeu que, em ocasiões anteriores, “bastou um chamado para que não se movesse um alfinete no país e para que fossem ativados os corpos combatentes armados da classe operária, as Milícias Bolivarianas e toda a Força Armada Nacional Bolivariana”.
Trump, que autorizou a CIA a desenvolver operações na Venezuela, anunciou que, após os bombardeios contra supostas “narcolanchas” no Caribe e no Pacífico Oriental, o próximo passo na campanha militar dos Estados Unidos contra o narcotráfico seriam ataques terrestres, sem especificar onde.
Por sua vez, Nicolás Maduro ordenou o envio indefinido de tropas e recursos a cinco províncias, ampliando a mobilização original de 15.000 soldados que seguiu o primeiro ataque americano contra embarcações. Além disso, também nesta quinta-feira, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, afirmou que Caracas está consolidando “o poder militar para defender a Venezuela das ameaças dos Estados Unidos”, após o início de exercícios militares em cinco estados venezuelanos.
Enquanto isso, um navio de guerra e um corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos participarão de exercícios militares com Trinidad e Tobago em frente à costa da Venezuela. O governo trinitense informou na quinta-feira que o destróier USS Gravely atracará no domingo em Porto de Espanha.
Segundo Washington, a operação faz parte de uma campanha contra o narcotráfico, que até agora resultou em 37 mortes em nove bombardeios a supostas embarcações ligadas ao tráfico de drogas. Trump acusou Maduro de liderar uma rede de narcotráfico, alegação que o ditador venezuelano nega.
(Com informações da Reuters e Europa Press)