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Segundo dados oficiais divulgados após o encerramento da apuração, a participação nas eleições argentinas deste domingo (26/10) foi de 66%, um dos índices mais baixos desde o retorno da democracia. Com isso, a abstenção chegou a 34%, ou seja, 12.235.796 eleitores dos 35.987.634 cadastrados optaram por não votar.
O mínimo histórico acompanha uma tendência de queda observada nas últimas eleições provinciais, realizadas em 10 províncias com processos desdobrados. Em seis dessas regiões, a participação não chegou a 60%. Nas eleições de maio, em Chaco, por exemplo, metade do eleitorado não compareceu às urnas.
Especialistas apontam que o baixo comparecimento está ligado ao descontentamento social, à crise econômica e à percepção de desgaste entre a população e a classe política. Entre os fatores que podem ter influenciado o comportamento estão:
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Desconfiança nas instituições e partidos;
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Percepção de corrupção;
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Falta de propostas que atendam às necessidades da população;
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Sensação de que o voto não produz mudanças;
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Cansaço com campanhas negativas e polarização;
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Proliferação de notícias falsas e desinformação;
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Desencanto por promessas não cumpridas.
Historicamente, desde a implementação das PASO em 2011, a média de participação foi de 77%, com uma queda para 72% nas legislativas de 2021, possivelmente influenciada pela pandemia. Em 2023, para cargos legislativos nacionais, todas as províncias superaram 70%, com Santa Cruz registrando 72,71% e Tucumán, 83%.
Desempenho nas 10 províncias com eleições desdobradas
Nessas eleições provinciais, a participação foi:
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Corrientes: 70,95%
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Jujuy: 68,1%
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Formosa: 65,8%
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Buenos Aires: 60,98%
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San Luis: 59,8%
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Salta: 57,8%
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Misiones: 55,4%
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Santa Fe: 55,4% (para convencionais constituintes; municipais 52%)
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CABA: 53,3%
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Chaco: 52,3%
No total, das 25.502.680 pessoas cadastradas, apenas 15.139.359 votaram, indicando que 10.363.321 eleitores não compareceram, ou seja, abstenção de 40,6%. A província de Buenos Aires, com 37% do eleitorado, teve 5,5 milhões de eleitores ausentes, resultando em abstenção de 39,02% sobre 14.376.592 votantes, incluindo 1.015.233 estrangeiros.
O resultado evidencia uma tendência de desengajamento eleitoral, reforçando debates sobre confiança nas instituições e representatividade política na Argentina.