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O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou nesta segunda-feira (27) o fim do estado de emergência que estava vigente no sul do país desde 7 de outubro de 2023, quando o grupo terrorista Hamas realizou um ataque na região, resultando na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de 251. A medida entra em vigor a partir desta terça-feira (28), segundo comunicado divulgado por Katz.
“Decidi seguir a recomendação das Forças de Defesa de Israel (FDI) e eliminar, pela primeira vez desde 7 de outubro, a situação especial no front interno”, afirmou o ministro. Ele acrescentou que a decisão reflete a nova realidade de segurança na região, conquistada graças às ações das tropas israelenses contra o Hamas ao longo dos últimos dois anos.
O fim da situação especial implica o levantamento das restrições sobre reuniões públicas e o acesso a áreas próximas à Faixa de Gaza, medidas que permitiam ao governo controlar os movimentos em cidades e comunidades afetadas, incluindo diversos kibutzim. Dados oficiais indicam que cerca de 90% dos moradores desses kibutzim já retornaram às suas casas, sinalizando a retomada gradual da vida cotidiana.
Embora a normalidade já estivesse sendo restabelecida em boa parte do sul de Israel, a revogação formal do estado de emergência tem caráter simbólico e operacional, marcando a avaliação positiva das autoridades sobre a situação de segurança. Entre as medidas de retorno à normalidade, está a reabertura da Praia de Zikim, localizada próxima à Faixa de Gaza, permitindo atividades recreativas e o fluxo de moradores e visitantes na região.
Fim das operações militares
O Exército israelense também anunciou que a Divisão 99, composta por sete brigadas regulares e de reserva, concluiu sua missão no norte da Faixa de Gaza após quatro meses de combates. Durante a operação, foram destruídos centenas de depósitos de armas, postos de observação, complexos de combate e infraestruturas subterrâneas usadas pelo Hamas, incluindo túneis com mais de um quilômetro de extensão.
O balanço das forças militares aponta que a ação israelense frustrou tentativas de operação de centenas de combatentes do Hamas, incluindo cinco comandantes de batalhão e nove de companhia, além de seus adjuntos. Como parte de uma operação conjunta das FDI e do serviço de inteligência Shin Bet, foram eliminados terroristas de alto escalão, incluindo dois chefes de companhia do Batallão de Beit Hanún, responsáveis por dezenas de ataques contra as forças israelenses na região.
Segundo o Exército, as unidades também contribuíram em tarefas humanitárias, facilitando o acesso a suprimentos em áreas afetadas, mesmo diante de um contexto de alta tensão e mobilização prolongada. Além disso, participaram da criação da Linha Amarela, destinada a reforçar a segurança no perímetro norte da Faixa de Gaza e reduzir a possibilidade de infiltrações.