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O exército israelense anunciou nesta quarta-feira (29) que retomou o cessar-fogo na Faixa de Gaza, após ter realizado uma série de bombardeios contra dezenas de alvos desde o dia anterior.
Em comunicado, o exército informou que a ação foi uma resposta às violações da trégua por parte do Hamas:
“Após uma série de ataques em que dezenas de alvos terroristas e combatentes foram atingidos, as Forças de Defesa de Israel (FDI) começaram a aplicar de novo o cessar-fogo em resposta às violações do Hamas.”
A nota acrescentou que, como parte dos ataques, “as FDI e o Shin Bet [Agência de Segurança] abateram 30 terroristas que ocupavam postos de comando dentro das organizações que operam na Faixa de Gaza”.
Ataque em Rafah e Vítimas Civis
A retaliação israelense ocorreu após um reservista do exército, o sargento-mor Yonah Efraim Feldbaum, de 37 anos, ter morrido em um ataque perpetrado por terroristas palestinos contra tropas posicionadas na área de Rafah, no sul de Gaza. Feldbaum era operador de maquinário pesado e residente do assentamento de Neria, na Cisjordânia.
Uma investigação inicial do exército indicou que os atacantes abriram fogo contra uma escavadeira militar que operava no bairro Jenina, em Rafah, causando a morte do sargento. Em seguida, milicianos dispararam projéteis RPG contra as forças israelenses.
O ataque ocorreu no lado oriental da Linha Amarela, uma área sob controle israelense no âmbito do cessar-fogo. O exército acredita que militantes ainda estejam escondidos em “bolsões” de resistência na região, emergindo de túneis para lançar ataques. Israel responsabilizou o Hamas pelo incidente, embora o grupo islâmico tenha negado qualquer envolvimento.
O jornal israelense Haaretz citou fontes do Ministério da Saúde de Gaza, que comunicaram 104 mortes devido às operações das Forças de Defesa, sendo 46 delas crianças.
Trump Garante a Continuidade da Trégua
Apesar do recrudescimento dos enfrentamentos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu nesta quarta-feira que o cessar-fogo em Gaza, apoiado pela Casa Branca, segue em vigor.
A bordo do Air Force One, Trump explicou que “nada vai pôr em perigo o cessar-fogo”. Ele insistiu que os terroristas precisam entender que são “uma parte muito pequena da paz no Oriente Médio e têm que se comportar”.
O presidente defendeu o direito de Israel de usar a força e deu legitimidade à resposta israelense após a morte do militar em Gaza.
“Se eles (Hamas) são bons, vão ser felizes e, se não são bons, vão ser exterminados, as vidas deles serão exterminadas”, afirmou o presidente, deixando claro seu apoio ao governo israelense.
