Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O ativista venezuelano Manuel Finol, gerente da Anistia Internacional Venezuela, foi detido na quinta-feira (30) por agentes da Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM) no Aeroporto Internacional de Maiquetía, principal terminal aéreo do país. A informação foi divulgada pela própria Anistia Internacional nas redes sociais.
Segundo a organização, Finol se preparava para embarcar em um voo partindo de Caracas quando foi abordado por agentes da contrainteligência militar, que informaram que ele seria submetido à inspeção de seu celular e levado sob custódia.
Em comunicado publicado na plataforma X (antigo Twitter), a Anistia Internacional classificou a ação como uma detenção arbitrária e pediu apoio da comunidade nacional e internacional para exigir a libertação imediata e incondicional do ativista. A ONG destacou ainda a trajetória de Finol na defesa dos direitos humanos e denunciou a falta de transparência das autoridades sobre os motivos da detenção.
“A prisão de Manuel Finol é mais um exemplo do uso arbitrário do poder estatal para intimidar e silenciar vozes críticas na Venezuela”, afirmou a organização.
A Anistia tem denunciado repetidamente o uso sistemático de detenções arbitrárias, torturas e perseguições políticas por parte do governo de Nicolás Maduro. Em relatórios recentes, a entidade apontou que centenas de pessoas continuam presas por motivos políticos ou por atuarem em defesa dos direitos humanos, em violações graves ao devido processo legal.
O caso de Finol ocorre em um contexto de forte repressão contra ativistas e organizações independentes no país. Um dia antes da detenção, a Anistia havia publicado um apelo pela libertação de outros presos políticos, entre eles Carlos Julio Rojas, Eduardo Torres, Rocío San Miguel, Javier Tarazona e Kennedy Tejeda — todos detidos por seu trabalho na promoção e defesa dos direitos humanos.
A DGCIM, órgão responsável pela prisão de Finol, já foi alvo de sanções internacionais impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, que acusam seus agentes de tortura, repressão política e perseguição a dissidentes. De acordo com o Departamento do Tesouro norte-americano, a agência atua como um instrumento de controle político a serviço do regime chavista.