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A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) implementará, a partir da sexta-feira, 7 de novembro, uma redução de 10% na capacidade de voos em 40 dos principais aeroportos do país. A medida foi tomada devido à falta de pagamento aos controladores aéreos, causada pelo prolongado shutdown (paralisação do governo).
O secretário de Transporte, Sean Duffy, informou a decisão nesta quarta-feira (5) em uma coletiva de imprensa, conforme noticiado pela The Associated Press.
Impacto e Motivação
A decisão afeta entre 3.500 a 4.000 voos diários em mercados de alto volume. A lista completa dos aeroportos impactados ainda não foi divulgada. Duffy esclareceu que o corte é de caráter preventivo: “Isto é proativo”, disse.
A FAA detalhou que a medida foi adotada diante dos “problemas de pessoal” que a agência enfrenta e da pressão sobre os sistemas de controle aéreo em razão do shutdown estendido. O administrador da FAA, Bryan Bedford, advertiu que “medidas adicionais” poderão ser tomadas no futuro.
“À medida que analisamos os dados mais detalhadamente, notamos pressões que, se não forem controladas, afetariam nossa capacidade de manter que operamos o sistema aéreo mais seguro do mundo”, enfatizou Bedford, acrescentando que esta situação “nunca havia ocorrido antes” na indústria.
Crise do Shutdown e Consequências
O shutdown (paralisação do governo) vigente completou 36 dias nesta quarta-feira (5), tornando-se o mais longo da história dos Estados Unidos.
Devido à falta de orçamento, inúmeros controladores aéreos não receberam seus salários, e alguns pararam de comparecer aos seus postos. Essa situação já provocou atrasos em todo o país. O presidente da Associação Nacional de Controladores de Tráfego Aéreo (NATCA), Nick Daniels, alertou que a recuperação total do serviço pode levar “semanas”.
Os representantes da FAA, Bedford e Duffy, irão se reunir com as companhias aéreas para definir como aplicar a redução de voos de forma segura. Ainda não há uma data definida para o fim da medida, nem esclarecimentos sobre como os voos anulados serão distribuídos entre as companhias e destinos.
Em dias recentes, Duffy havia alertado publicamente que, se o conflito se prolongasse, poderia “fechar todo o espaço aéreo” americano. Bedford reforçou que a FAA “não esperará que ocorra um problema” antes de intervir, com o objetivo de “manter a segurança neste contexto sem precedentes”. As autoridades recomendam que os passageiros revisem frequentemente o status de seus voos.