Na tarde desta quarta-feira (04), o governo da Ucrânia disse que a comunicação com os combatentes que ainda estão cercados pelas tropas russas na siderúrgica Azovstal, em Mariupol, foi restabelecida.
“As tentativas de ataque à usina continuam pelo segundo dia. As tropas russas já estão no território de Azovstal, mas a comunicação com os defensores foi restabelecida”, informou David Arahamiya, negociador ucraniano e chefe do partido “Servo do Povo”, de Zelensky, na Rádio Svoboda.
Em seu último boletim hoje, o exército de Kiev confirmou o ataque das forças inimigas “para assumir o controle da usina”, mesmo “com apoio aéreo”, mas garantiu que ainda tem o controle da siderúrgica.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, Azovstal, é o último reduto ucraniano em Mariupol que continua resistindo ao ataque russo.
O local ainda conta com um grupo de militares e de membros do Batalhão de Azov, além de dezenas de civis, incluindo 30 crianças e adolescentes, que não conseguiram fugir durante a evacuação realizada pela ONU e pela Cruz Vermelha.
Mais cedo, o prefeito de Mariupol, Vadym Boichenko, chegou a afirmar em entrevista a emissoras ucranianas que havia perdido contato com os combatentes que estão na siderúrgica.
Pouco depois, ele informou que recebeu alertas de que “violentos combates” estavam ocorrendo, mas sem dar muitos detalhes.
A siderúrgica é considerada o último ponto de resistência ucraniana em Mariupol após 70 dias de guerra. De acordo com dados do governo, mais de 90% dos prédios da cidade foram destruídos nos ataques russos.