No domingo (15), um vereador da cidade ucraniana de Mariupol acusou a Rússia de utilizar bombas de fósforo branco, cujo uso contra pessoas é proibido desde 1997 pela Convenção de Genebra, na cidade.
“O inferno chegou à terra, chegou a Azovstal”, escreveu o vereador Petro Andruchenko, em referência ao complexo siderúrgico situado em Mariupol, em sua conta no Telegram.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, são vistas explosões no complexo de Azovstal que, segundo Andruchenko, seriam de bombas de fósforo branco.
Os explosivos produzem um fogo que não pode ser apagado com água, e seus componentes grudam na pele das vítimas, podendo queimar até os ossos. Os sobreviventes podem ter sequelas ao longo da vida porque os componentes das bombas são altamente tóxicos e podem causar danos apenas pelo fato de a pessoa inalá-los.
As autoridades ucranianas já haviam acusado a Rússia de usar bombas de fósforo branco no ataque à população de Popasna.
Russia fired white phosphorus munitions in response to Kalush Orchestra's call to save Mariupol at the @Eurovision. These missiles are prohibited by international law. Cynically, Russian troops even signed these bombs with "Save Mariupol" and "Save Ukraine." pic.twitter.com/WQXesnZhjb
— Franak Viačorka (@franakviacorka) May 15, 2022