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Uma magnata do setor imobiliário vietnamita, condenada por um esquema de fraude em larga escala, deverá devolver US$ 11 bilhões para evitar a execução por injeção letal, de acordo com diversos veículos de mídia. O ultimato foi dado pelos promotores da cidade de Ho Chi Minh, durante a audiência de apelação de Truong My Lan, na terça-feira (26), conforme relatado pela Bloomberg.
A empresária, de 68 anos, foi considerada culpada em abril por desviar US$ 12,3 bilhões do Saigon Commercial Bank (SCB) enquanto presidia o grupo imobiliário Van Thinh Phat Holdings (VTP). A acusação afirmou que Lan controlava efetivamente o banco através de uma rede de aliados e empresas de fachada.
Ela foi sentenciada à pena de morte por injeção letal pelos crimes cometidos ao longo de 11 anos, que incluíram subornos a funcionários do governo e a violação das regras de empréstimos bancários ao emitir créditos fraudulentos.
Durante a audiência de apelação, os promotores citaram as perdas “sem precedentes” causadas pelas ações de Lan, que, de acordo com diversas estimativas, chegam a representar até 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Vietnã.
De acordo com a legislação vietnamita, a ré deve devolver 75% do valor desviado para ser considerada para uma sentença menos severa.
Segundo o jornal online VietNamNet, Lan teria recuperado o equivalente a mais de US$ 12,71 bilhões, superando o valor das perdas calculadas pela acusação. A defesa pediu por clemência e solicitou que o tribunal a poupasse da pena de morte, conforme relatado pelo jornal.
O magnata malaio Vincent Tan, da Berjaya Corporation, concordou em comprar alguns dos bens de Lan, e outros investidores estrangeiros também estão interessados em aquisições, segundo o jornal financeiro de Cingapura The Business Times.
A decisão final do julgamento de apelação deve ser anunciada no dia 3 de dezembro, conforme o VietNamNet.
No total, 86 pessoas foram julgadas por envolvimento no esquema de Lan, incluindo seu marido e sua sobrinha. Quatro réus receberam sentenças de prisão perpétua, e os demais, penas de até 20 anos de prisão.
O julgamento de Lan faz parte de uma ampla campanha anticorrupção implementada desde 2016 pelo secretário-geral do Partido Comunista, Nguyen Phu Trong. A campanha, apelidada de ‘Forno Ardente’, resultou na demissão, multação ou prisão de dois presidentes, dois vice-primeiros-ministros e milhares de outros funcionários públicos e empresários envolvidos em esquemas de corrupção.