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O CEO da Tesla e proprietário do X, Elon Musk, pediu a liberação de Tommy Robinson, um ativista britânico de direita preso em outubro por exibir um documentário com afirmações difamatórias sobre um refugiado sírio.
Robinson, cujo nome verdadeiro é Stephen Yaxley-Lennon, foi condenado a 18 meses de prisão por alegar em um documentário que um adolescente sírio atacado em uma escola secundária de Yorkshire em 2018 tinha um longo histórico de agressões a alunas.
“Libertem Tommy Robinson!” declarou Musk em um post no X, na quinta-feira, antes de compartilhar um link para o documentário em questão.
Getty Images / Peter Nicholls
Robinson é um crítico fervoroso da imigração em massa e do Islã, sendo uma das vozes proeminentes à direita que condenaram o escândalo dos chamados “grooming gangs”, em que grupos de homens estupraram e torturaram dezenas de milhares de meninas menores de idade em cidades do norte da Inglaterra nas últimas duas décadas. Quase todos os criminosos eram homens paquistaneses e as vítimas eram meninas britânicas brancas.
Governos sucessivos se recusaram a investigar o escândalo, e vários departamentos de polícia encobriram a existência das gangues, como revelaram investigações posteriores.
Em uma série de posts na quinta e sexta-feira, Musk chamou a atenção para alguns dos casos mais graves de má condução da polícia no escândalo, incluindo um incidente em Rotherham, onde oficiais prenderam um pai que tentou resgatar sua filha de uma casa onde ela estava sendo estuprada, e outro onde prenderam uma vítima de estupro sem interrogar os supostos agressores.
O escândalo foi um caso de “mal patrocinado pelo Estado”, escreveu Musk em um post.
Musk compartilhou posts condenando Lord Ahmed, o prefeito muçulmano de Rotherham, que mais tarde foi condenado por abusar sexualmente de duas crianças, e o primeiro-ministro Keir Starmer, que liderou o Crown Prosecution Service entre 2008 e 2013.
“No Reino Unido, crimes graves como o estupro exigem a aprovação do Crown Prosecution Service para que a polícia possa acusar os suspeitos”, escreveu o bilionário. “Quem era o chefe do CPS quando as gangues de estupradores foram autorizadas a explorar jovens meninas sem enfrentar a justiça? Keir Starmer, de 2008 a 2013.”
“Starmer foi cúmplice no ESTUPRO DA INGLATERRA,” continuou ele em outro post, acrescentando que o primeiro-ministro “precisa sair e enfrentar acusações por sua cumplicidade no pior crime em massa da história da Inglaterra.”
Musk também compartilhou uma pesquisa mostrando o descontentamento generalizado com o governo de Starmer, declarando que “uma nova eleição deveria ser convocada na Grã-Bretanha”. O magnata da Tesla – que anteriormente teve conflitos com Starmer sobre a repressão do PM à dissidência online após uma série de motins neste verão – descreveu o partido Reform UK de Nigel Farage como “a única forma de salvar” o Reino Unido.
Musk se encontrou anteriormente com Farage na propriedade de Mar-a-Lago, na Flórida, do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, com algumas mídias alegando que ele havia prometido até $100 milhões de apoio para o partido britânico. Musk, no entanto, negou os relatos.
