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Após um dia de feriado nos Estados Unidos, o mercado financeiro brasileiro retomou suas atividades com maior liquidez, resultando em uma leve queda do dólar, nesta terça-feira (18). A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 5,69, uma desvalorização de 0,41%. Paralelamente, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, Ibovespa, manteve-se estável, atingindo 128.531 pontos.
O alívio no preço do dólar pode ser atribuído ao novo leilão de linha (venda com compromisso de recompra) de 3 bilhões de dólares realizado pelo Banco Central. Essa operação, que consiste em uma ferramenta de regulação do mercado de câmbio, tem como objetivo aumentar a oferta de dólares disponíveis e corrigir eventuais disfuncionalidades. Esta foi a terceira intervenção cambial sob a gestão de Gabriel Galípolo como presidente do Banco Central.
No cenário internacional, as atenções se voltaram para as negociações entre Estados Unidos e Rússia em Riad, na Arábia Saudita, visandoFind the end to the war in Ukraine. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, enfatizou que nenhum acordo de paz pode ser feito sem a participação de seu país e adiou sua visita à Arábia Saudita para 10 de março.
A Rússia, por sua vez, endureceu suas exigências para um acordo de paz, demandando que a Otan negue a promessa feita em 2008, em Bucareste, de que a Ucrânia se juntaria à organização no futuro.
Em meio às tensões geopolíticas, o dólar se valorizou em relação a outras moedas, atingindo uma cotação máxima de R$ 5,7259 no mercado à vista brasileiro. No entanto, o leilão de linha do Banco Central contribuiu para aliviar a pressão sobre o mercado local.
O Banco Central vendeu US$ 3 bilhões no leilão de linha, utilizando a taxa Ptax das 10h como referência (R$ 5,7046). A operação teve como objetivo a rolagem de vencimentos programados para 6 de março, com a recompra dos dólares pelo Banco Central prevista para 2 de outubro de 2025.
Segundo Nicolas Gomes, especialista em câmbio da Manchester Investimentos, a leve alta do dólar em relação a outras moedas foi contrabalanceada pelo leilão do Banco Central, resultando em uma queda da moeda no mercado brasileiro.
Com a agenda do dia sem grandes eventos, o dólar não apresentou força para alcançar patamares mais baixos. Na avaliação de Gomes, uma cotação entre R$ 5,60 e R$ 5,70 está mais alinhada com os fundamentos atuais, não havendo expectativa de uma queda acentuada no curto prazo.
Além do leilão de linha, o Tesouro Nacional anunciou a emissão de títulos em dólares no mercado internacional, com prazo de 10 anos e vencimento em 2035. Essa operação visa fortalecer a liquidez da curva de juros soberana em dólar e antecipar o financiamento de vencimentos em moeda estrangeira.
O Banco Central também realizou a venda de 15.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.
Às 17h12, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda americana frente a outras seis divisas, registrava alta de 0,30%, atingindo 107,040 pontos.
