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A Voepass Linhas Aéreas solicitou a recuperação judicial na noite de terça-feira (22), cerca de um mês após ter suas operações suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) devido a irregularidades e preocupações com a segurança de seus voos. Este é o segundo pedido de recuperação judicial da empresa nos últimos anos, com o objetivo de reorganizar suas finanças e garantir a continuidade de suas atividades.
No pedido protocolado em Ribeirão Preto (SP), a Voepass revelou que sua dívida ultrapassa R$ 400 milhões, a maior parte dessa quantia sendo de credores trabalhistas e pequenas e médias empresas. A companhia, em nota, afirmou que a recuperação judicial é uma medida estratégica para estruturar seu capital e viabilizar uma reestruturação completa da empresa. “Esta foi a única saída para garantir que a Voepass volte a oferecer um serviço essencial para o desenvolvimento do Brasil”, declarou.
A crise financeira da Voepass se intensificou após o acidente aéreo em agosto de 2024, em Vinhedo (SP), que resultou na morte de 62 pessoas. Após o trágico evento, a Latam suspendeu o uso de quatro das dez aeronaves que operavam em parceria com a Voepass, através de um sistema de codeshare. Além disso, a Anac suspendeu as operações da empresa, impactando diretamente milhares de passageiros e afetando ainda mais o caixa da companhia, que já enfrentava dificuldades financeiras.
A situação também gerou reflexos negativos para os funcionários da Voepass, que enfrentaram uma série de demissões nos setores de tripulação, aeroportuário e apoio, devido à paralisação das operações. A empresa justificou a reestruturação da equipe como necessária para adequar o quadro de funcionários à nova realidade da companhia.
