Após receber denúncia, a ministra Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves decidiu abrir uma sindicância para investigar “indícios de irregularidades” num convênio do ministério em Sergipe. Sandra Terena foi quem fez a denúncia para a revista Crusoé, após ser demitida nesta segunda (21).
Logo após sua demissão, Sandra enviou um ofício à assessoria especial de Controle Interno do Ministério denunciando as suspeitas.
De acordo com a revista Crusoé, Sandra garantiu que uma associação que tem convênio com o Ministério estaria ligada “a uma série de Organizações da Sociedade Civil defendidas e representadas por uma única pessoa, com 18 CNPJs diversos e com várias emendas na pasta, o que poderia representar uma situação de ilegalidade de malversação de recurso público”.
Ainda segundo o documento, a equipe técnica da Secretaria comandada por Sandra Terena teria investigado que a sede da associação seria um pequeno imóvel que “não condiz com o volume de recursos encaminhados”.
A presidente da entidade, Mafra Merys Ribeiro Lima Paz de Carvalho, usou o nome do Ministério “de forma ilícita para captar tais recursos em benefício próprio, fato que é de ciência da Polícia Legislativa do Congresso Nacional”.
No ofício, Sandra Terena registra que se reuniu com Damares antes de elaborar o documento. O encontro, segundo ela, ocorreu na quinta-feira, 17.
A ex-secretária é esposa do jornalista Oswaldo Eustáquio, que chegou a ser preso por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) durante a investigação sobre o financiamento de ‘atos antidemocráticos’.
O Ministério vai investigar a partir das denúncias o empenho dos recursos usados através das emendas impositivas da entidade que na teoria não poderia ter capacidade técnica e gerencial para a fechar contratações.
