Política

Maia, Ciro, Zeca Pagodinho, Felipe Neto, Casagrande, Chico Buarque e Wagner Moura assinam manifesto por suspeição de Moro no STF

Um manifesto que pede que o Supremo Tribunal Federal (STF) enfim julgue a ação de suspeição contra o ex-juiz Sergio Moro nos processos de Lula já reuniu a assinatura de políticos como Ciro Gomes (PDT-CE), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Arthur Virgílio (PSDB-AM), Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL).

Além deles, os artistas Chico Buarque, Gilberto Gil, Wagner Moura, Zeca Pagodinho, o youtuber Felipe Neto, esportistas como Casagrande e o prefeito do Rio, Eduardo Paes também assinaram o manifesto.

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A carta organizada pelos advogados Pedro Serrano, Marco Aurélio de Carvalho, Carol Proner e a desembargadora aposentada Keranik Boujikian, pede que a Lula seja garantido “um julgamento justo” conduzidos por procuradores “efetivamente públicos” e por um juiz imparcial. 

O manifesto começou a ser organizado antes de Edson Fachin anular as sentenças de Lula e segue coletando assinaturas.

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Leia a íntegra da carta abaixo:

“Os diálogos trazidos a conhecimento público em resposta a petições da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal, nas últimas semanas, demonstram haver reiteradas violações ao devido processo legal, bem como ao dever de imparcialidade da jurisdição e, ainda, dos deveres impostos aos membros do Ministério Público, nas investigações e nas ações penais da operação Lava Jato, em especial àquelas relativas ao ex-presidente. Tais diálogos, examinados pela defesa com autorização judicial expressa, convergem para reforçar graves fatos contidos em habeas corpus trazido a esta Corte em novembro de 2018, com julgamento já iniciado, apontando a suspeição do julgador daquelas ações penais em relação ao ex-presidente Lula.

Todos possuem o direito a um julgamento justo, assim compreendido como aquele conduzido por um juízo ou tribunal independente e imparcial, e por meio da atuação de procuradores comprometidos, tecnicamente, com a função pública desempenhada, o que veda que figurem como advogados privados de acusação. A proibição do exercício de atividade particularista, político-partidária e ideológica consta do artigo 5º, inciso LIV, da Constituição brasileira de 1988; do artigo X da Declaração Universal dos Direitos Humanos; do artigo 14 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos; do artigo 8º do Pacto de San José da Costa Rica; e, dentre outro, dos artigos 40, 54 e 67 do Estatuto de Roma.

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Com efeito, o processo penal contemporâneo é informado por determinados princípios e regras que, muito além de qualquer formalismo procedimental, é uma decorrência da própria relação que se estabelece entre o Estado e os indivíduos em termos civilizatórios, bem como de tutela de direitos individuais face ao poder de persecução do Estado. Portanto, as violações ao direito a um julgamento justo não implicam em singelos desvios procedimentais, mas em severa lesão à própria democracia constitucional.

 

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Assim considerando, conclamamos, por meio da presente carta, que o Supremo Tribunal Federal reconheça referidas violações e, consequentemente, acolha plenamente o habeas corpus e anule todos os processos relativos a Luiz Inácio Lula da Silva nos quais tenha havido participação dos procuradores da operação Lava Jato e do então juiz Sérgio Moro, garantindo-lhe o direito a um julgamento justo conduzido por procuradores efetivamente públicos e por um juiz imparcial”.

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