Política

Barroso: ‘Voto impresso vai criar o caos no sistema que funciona muitíssimo bem’

Em entrevista à GloboNews, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que o voto impresso, em discussão no Congresso Nacional, vai “criar o caos no sistema que funciona muitíssimo bem”.

“O nosso sistema de voto em urna eletrônica é totalmente confiável”, afirmou o também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira (05).

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Barroso afirmou que qualquer tema pode ser discutido e, no caso do sistema de votação, o Congresso é o lugar ideal para isso.

“Mas nós temos elementos mais do que suficientes para demonstrar a absoluta confiabilidade do sistema” falou. Barroso declarou ser “extremamente problemático” criar um sistema de voto impresso.

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“Eu acho que o voto em cédula, inclusive é o que fala a proposta de emenda constitucional, mesmo o voto impresso pela própria urna, eu acho que seria extremamente problemática e mexeria num time que está ganhando”, declarou.

Sobre a possível judicialização, o presidente do TSE disse que “o voto impresso vai permitir que cada candidato que queira questionar o resultado peça a conferência dos votos”.

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Barroso deu como exemplo as eleições de 2020 nos Estados Unidos. O então presidente e candidato à reeleição Donald Trump entrou com mais de 50 ações judiciais contestando o resultado que deu a vitória a Joe Biden. “Nenhum juiz deu cautelar nem determinou suspensão da contagem ou o que fosse. Mas eu não tenho a mesma certeza de que isso aconteceria no Brasil se houvesse 50 ações judiciais”.

“Isso é a negação da democracia. A democracia é um jogo em que as regras valem para todos. Quem ganhar tem o direito de governar e quem perder tem que respeitar a vontade das urnas. Essa história de cantar a existência de fraude antes da divulgação do resultado e colocar sob suspeita um processo eleitoral que jamais identificou qualquer tipo de fraude é problemático”, disse.

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Barroso disse também que a urna eletrônica contem um registro digital do voto. Segundo ele, há um certo grau de desconhecimento sobre como o sistema funciona e como ele pode ser auditado.

“Para usar a palavra da moda, ele pode ser conferido na sua integridade. A cada passo”, falou. “Agora, o que não pode é um partido político não mandar representante para verificar a autenticidade do programa final, para depois dizer que tem alguma coisa errada. Portanto, não é assim que se joga o jogo democrático”.

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