Em delação premiada, o ex-secretário municipal de Obras do Rio de Janeiro (RJ), Alexandre Pinto, afirmou que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, recebeu mais de R$ 8 milhões em propinas.
Condenado a 76 anos de prisão, Pinto atuou na prefeitura entre 2011 e 2014. Na época, Paes era chefe do Executivo municipal pelo MDB e aliado do então governador Sérgio Cabral.
O ex-secretário afirma que o atual prefeito cobrou propina em pelo menos três oportunidades.
Segundo Pinto, Paes direcionou licitações a empresas envolvidas nos esquemas investigados pela Lava Jato. O prefeito teria pedido R$ 5 milhões para sua campanha ao governo estadual em 2014. O valor viria do contrato de R$ 39,7 milhões para a drenagem do Rio Acari. A empresa envolvida não é mencionada no documento da delação.
Em outro capítulo da delação, Pinto acusa o prefeito de cobrar propinas de contratos de R$ 220 milhões para a construção de escolas.
Os valores, de acordo com ele, também seriam para a campanha eleitoral e somaram R$ 3 milhões.
O advogado Ricardo Pieri, que defende Paes, afirmou que o prefeito “jamais participou de qualquer esquema de corrupção” e acusou o delator de mentir.
