O valor de R$ 400 mensais como auxílio para caminhoneiros autônomos desagradou representantes da categoria e o Governo Bolsonaro, junto com lideranças do Congresso Nacional, discutem agora aumentar esse montante.
O valor especulado seria entre R$ 600 ou R$ 1.000, de acordo com integrantes do Parlamento e do Executivo.
Para viabilizar a medida, está sobre a mesa a possibilidade de decretar estado de emergência, a ser regulamentado na PEC em discussão no Senado que permitira o pagamento do benefício. Junto com o auxílio, deve ser ampliado o vale-gás.
O estado de emergência está sendo articulado para driblar as restrições impostas pela lei eleitoral — que impede a criação e a ampliação de programas sociais em ano de eleição. As únicas exceções são programas já em execução ou em casos de calamidade pública ou estado de emergência.
As discussões fazem parte da frente aberta no Congresso e capitaneada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em resposta ao reajuste nos preços da gasolina e no óleo diesel anunciado na semana passada pela Petrobras.
O objetivo é tentar reduzir o preço dos combustíveis a menos de quatro meses da eleição.
O programa para caminhoneiros deve custar R$ 4 bilhões até o fim do ano. Já o programa para subsidiar o gás de cozinha, até R$ 2 bilhões. São esses valores que estão sendo falados nas reuniões no Palácio do Planalto e foram avalizadas pelo Ministério da Economia.
Parlamentares aliados ao governo e o discutem elevar para cerca de R$ 50 bilhões a autorização para despesas fora do teto de gastos (a regra que trava os gastos federais à inflação do ano anterior). A PEC pode tanto abrir o espaço no teto quanto destravar os programas.
Para auxiliares de Guedes, é possível montar um programa temporário (até o fim do ano) e com custo limitado.