O advogado que atua na defesa de Anderson Torres, Rodrigo Roca, afirmou na tarde desta quinta-feira (12), que a minuta de decreto para instaurar “estado de defesa” no TSE, encontrada na casa do ex-ministro e ex-secretário de Segurança do DF, não foi escrita por ele.
A proposta para mudar o resultado da eleição foi encontrada durante operação da Polícia Federal na casa de Anderson Torres, na quarta-feira (11).
“Não é de autoria do ex-ministro. Todos os dias tinha alguém que procurava propondo golpe, estado de sítio. Isso nunca foi levado ao presidente [Jair Bolsonaro]. A maior prova é que isso foi encontrado na casa dele”, afirmou Roca ao site UOL.
De acordo com o advogado de Torres, a proposta é um manuscrito e que uma perícia irá comprovar que não foi o ex-secretário que o fez.
Ao portal, Roca disse que até ele, no período em que estava trabalhando no Ministério da Justiça e Segurança Pública no Governo Bolsonaro, recebeu indicações de documentos semelhantes.
Porém, ele afirma que ignorou todos os pedidos. Roca foi Secretário Nacional do Consumidor (Senacon) de Bolsonaro.
O advogado não informou quem seriam as pessoas que entregavam esses documentos a ele ou a Torres.
