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A Polícia Federal (PF) afirmou ter encontrado indícios de que o prefeito de Farroupilha (RS), Fabiano Feltrin (PL), incitou publicamente a prática de crime ao sugerir, durante uma transmissão ao vivo, que colocaria o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na guilhotina. Segundo a PF, além de possivelmente configurar um crime, a conduta do prefeito é considerada incompatível com a dignidade e o decoro exigidos pelo cargo que ele ocupa.
O episódio ocorreu em julho, quando Fabiano Feltrin, em uma live nas redes sociais, mencionou que uma “homenagem” ao ministro Alexandre de Moraes seria colocá-lo em uma guilhotina. Em seguida, o prefeito fez gestos simulando a decapitação do magistrado. As declarações foram interpretadas como incitação à violência, conforme o artigo 286 do Código Penal, que criminaliza a incitação pública à prática de crimes.
Diante das declarações, o ministro Alexandre de Moraes autorizou, também em julho, a abertura de uma investigação contra o prefeito, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O caso foi encaminhado à Polícia Federal, que agora aponta a gravidade do comportamento de Feltrin.
A PF destacou que, como autoridade política, Feltrin tem influência significativa sobre a população local, o que exige maior responsabilidade em suas ações e discursos. A corporação enfatizou que as palavras do prefeito não só ofendem pessoas específicas, mas podem também incitar comportamentos violentos entre seus seguidores.
O inquérito segue em andamento, e a investigação poderá resultar em ações judiciais contra o prefeito, que já enfrenta críticas e pressões para se retratar publicamente sobre o incidente.
