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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se encontrou neste sábado (28) com o chanceler do Líbano, Abdallah Rashid Bou Habib, em Nova York. Durante a reunião, que durou cerca de 40 minutos, eles discutiram o atual conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah, além de avaliar uma possível operação de repatriação para brasileiros no Líbano.
De acordo com informações divulgadas pelo Itamaraty, a situação no Líbano se tornou alarmante, com 700 mortes registradas somente nesta semana em decorrência dos ataques israelenses. Entre as vítimas estão dois brasileiros. Neste sábado, um ataque das forças israelenses resultou na morte do líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah.
Atualmente, cerca de 21 mil brasileiros residem no Líbano, tornando-se a maior comunidade brasileira na região, seguida por Israel, onde vivem aproximadamente 14 mil brasileiros, e os Emirados Árabes Unidos, com cerca de 9,6 mil.
A embaixada brasileira em Beirute iniciou na terça-feira (24) a coleta de informações de brasileiros que desejam retornar ao Brasil. Até o momento, não foi divulgado o número de pessoas que manifestaram interesse em voltar. O Palácio do Itamaraty criou um formulário para que brasileiros e seus familiares possam solicitar apoio consular.
Embora ainda não tenha sido tomada uma decisão oficial sobre a repatriação, fontes dentro do Ministério das Relações Exteriores e da Força Aérea Brasileira indicam que estão em alerta para agir assim que o presidente Lula autorize a operação.
Em nota divulgada na sexta-feira (27), a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) afirmou que o governo está monitorando a situação, mas que ainda não existe uma operação de resgate ou repatriação em andamento. “Estamos em planejamento e acompanhando a situação, dialogando com a comunidade brasileira e observando as condições no aeroporto de Beirute”, afirmou a Secom.
Nos últimos dias, o Ministério das Relações Exteriores começou a enviar orientações aos brasileiros que vivem no Líbano. As recomendações incluem:
- Deixar o Líbano por meios próprios.
- Evitar aglomerações e manifestações.
- Evitar deslocamentos para a região sul do Líbano, onde a guerra está mais intensa.
- Para quem está fora do Líbano, evitar retornar até que a situação melhore.
Além disso, o governo brasileiro está considerando a possibilidade de utilizar bases russas na Síria para a retirada dos brasileiros que desejam deixar o Líbano, dado que o país faz fronteira com a Síria ao norte e leste.