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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu nesta segunda-feira (30) a questionamentos sobre seu silêncio em relação à Venezuela durante seu recente discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Na ocasião, o chefe do Executivo brasileiro abordou as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, mas não fez menção à crise política e humanitária na Venezuela.
Durante sua viagem ao México, Lula reagiu a perguntas de jornalistas com um tom incisivo: “Por que eu tenho que falar da Venezuela em todo lugar? Eu não falo nem da Janja em todo lugar. Eu falo o que me interessa falar. O discurso que eu queria fazer era aquele”, afirmou.
Atualmente, o Brasil desempenha um papel de mediador nas discussões sobre as eleições na Venezuela, que têm sido alvo de controvérsias e acusações de fraude. Junto com a Colômbia, o país reivindica a divulgação das atas eleitorais para legitimar o resultado do pleito, realizado em 28 de julho, no qual Nicolás Maduro foi declarado vencedor.
Lula enfatizou a importância de manter o diálogo e de agir com “comedimento” nas relações com a Venezuela. “Tenho muito interesse que a Venezuela volte à normalidade democrática. É um país com o qual tenho uma boa relação, tem 1,6 km de fronteira com o Brasil, e quero que esteja em paz”, destacou.
O presidente também expressou seu desejo de estabelecer a América do Sul como uma “zona de paz”, porém alertou que a abordagem não deve ser “radical”. Apesar de tentar dialogar com Maduro, o governo brasileiro ainda não obteve resultados concretos. Lula reiterou a importância de que as informações sobre os boletins de urna da votação de 28 de julho sejam divulgadas, mas lamentou a recusa do governo venezuelano em fazê-lo. “Se eu acho que a pessoa errou e tenho que radicalizar para consertar esse erro, vou criar um caminho sem volta. Em política, sempre costumo deixar uma porta aberta”, concluiu.