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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, avaliou o resultado das eleições municipais de 2024 e destacou a necessidade de o Partido dos Trabalhadores (PT) repensar sua estratégia para voltar a ser um protagonista em cidades grandes e médias. Em coletiva nesta segunda-feira (28), Padilha afirmou que, apesar de o PT ter um histórico de vitórias em disputas presidenciais, enfrenta um desempenho modesto nas eleições municipais, comparando a situação atual do partido com a “zona de rebaixamento”.
“O PT é o campeão nacional das eleições presidenciais, mas segue no Z4 das eleições municipais desde 2016. Embora tenhamos obtido algumas vitórias relevantes e conseguido eleger representantes em cidades importantes, ainda há um caminho a percorrer para fortalecer o partido nas esferas municipais. É crucial que o PT faça um balanço sobre como podemos reconquistar espaço e se reconectar com eleitores, especialmente em regiões urbanas,” afirmou o ministro.
Nas eleições de 2024, partidos de centro e direita consolidaram uma vitória expressiva, enquanto legendas de esquerda, como o PT, registraram um desempenho inferior. O PSD liderou o pleito, conquistando 885 prefeituras, seguido pelo MDB (853) e PP (746). Já o PT ficou na nona posição, com 252 prefeituras. Padilha ressaltou que a reconexão com segmentos da classe trabalhadora, principalmente aqueles que recebem entre dois e dez salários mínimos, será fundamental para reverter o quadro e recuperar a base de apoio.
O ministro também apontou a reeleição como o grande fenômeno das eleições, com uma taxa de recondução ao cargo de 82%. “Vários prefeitos que não tinham um desempenho significativo no primeiro turno conseguiram se reeleger, aproveitando o cenário de recuperação econômica e o reforço dos repasses do governo federal, que injetou R$ 67 bilhões nos fundos municipais”, explicou Padilha.
Além disso, Padilha destacou que candidatos apoiados pelo presidente Lula superaram adversários da extrema-direita em cidades como Santarém (PA), Belém (PA), Niterói (RJ) e Fortaleza (CE). Ele mencionou que “nenhum ex-ministro de Bolsonaro foi eleito, e figuras icônicas da extrema-direita foram derrotadas neste segundo turno”.