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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender a anistia aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro e negou as acusações apontadas no relatório final da Polícia Federal (PF) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Em entrevista à revista Oeste, Bolsonaro confirmou ter discutido com militares alternativas como a decretação de estado de sítio, estado de defesa e a aplicação do artigo 142 da Constituição após o resultado das eleições daquele ano.
Na entrevista, Bolsonaro argumentou que um perdão aos excessos cometidos, que culminou nos atos de 8 de janeiro de 2023, seria essencial para pacificar o país.
Ele comparou o cenário atual à promulgação da Lei de Anistia de 1979, que marcou o período de transição ao fim do regime militar brasileiro.
Bolsonaro também elogiou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pela postura adotada após o indiciamento do deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) pela Polícia Federal. Van Hattem havia criticado um delegado em discursos na tribuna da Câmara.
“Para nós pacificarmos o Brasil, alguém tem que ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes. A anistia, em 1979: eu não era deputado, foi anistiada gente que matou, que soltou bomba, que sequestrou, que roubou, que sequestrou avião, e ‘vamos pacificar, zera o jogo daqui para frente’. Agora, se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre de Moraes no tocante à anistia, estava tudo resolvido. Não querem pacificar? Pacifica”, afirmou Bolsonaro.
“Eu apelo aos ministros do Supremo Tribunal Federal, eu apelo. Por favor, repensem, vamos partir para uma anistia, vai ser pacificado”, concluiu o ex-presidente.