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A mãe de um adolescente que teve os celulares roubados em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, acusou um policial, um segurança e um instrutor de tiros de estarem envolvidos no crime. Segundo o boletim de ocorrência registrado por ela, e obtido com exclusividade pela TV Anhanguera, os três suspeitos teriam vínculos com o deputado federal Professor Alcides (PL).
A mulher afirmou que os celulares foram roubados com o objetivo de apagar arquivos que, supostamente, comprovariam o envolvimento sexual do parlamentar com o jovem, na época em que ele tinha 13 anos. O caso está sendo investigado pela polícia, e o deputado ainda não se pronunciou sobre as acusações.
O deputado federal afirmou em nota que as acusações contra ele não são verdadeiras e alega que foi estabelecida uma narrativa desonesta “baseada na distorção de fatos que teriam ocorrido e que supostamente envolveriam indiretamente” o nome dele.
A Polícia Militar informou, por meio de nota, que foi chamada para apoiar a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia no cumprimento do mandado de prisão do policial militar. A corporação acompanhou todas as etapas do procedimento, incluindo a condução e transferência do detido ao Presídio Militar, garantindo o cumprimento rigoroso dos trâmites legais.
A mãe do adolescente ainda revelou que, de acordo com o filho menor de idade, o deputado federal teria pedido para que todos, menos ele, saíssem da casa e fossem ao campo de futebol que fica dentro do condomínio.
A denúncia da mãe conta que, naquele momento, o deputado federal “tocou no corpo do menor dentro da roupa e ainda beijou a boca do menor”. Ela ainda diz ainda que Alcides “chamou o menor para o quarto para tentar manter relação sexual”, mas que o menor de idade teria se negado e saído do local.
O boletim de ocorrência da mãe ainda diz, em seguida, que após aproximadamente 2 semanas, “o adolescente retornou ao local e teve conjunção carnal” com o deputado federal, sem dar mais detalhes sobre o motivo do retorno do adolescente ao local. O documento não informa se o menor de idade foi aprovado na seleção de jogadores.
No entanto, segundo a Polícia Civil, ao entrar no carro, o adolescente foi abordado pelos três suspeitos, que roubaram seus celulares, o ameaçaram e exigiram que ele informasse a senha da nuvem de armazenamento, a fim de apagar o conteúdo dos aparelhos.
“Supostamente para a finalidade de apagar mensagens, vídeos dessa suposta relação pessoal entre o adolescente e o indivíduo politicamente exposto”, completou a delegada ao comentar sobre o caso.
No registro policial, a mãe do adolescente relatou que, dentro do carro, o segurança colocou uma arma de fogo contra a perna esquerda do filho, ameaçando atirar, enquanto outro homem apontou uma arma para o pescoço do garoto. A Polícia Civil informou que o roubo foi realizado em um Volkswagen Fox prata, veículo de propriedade do policial militar envolvido.
Além dos três mandados de prisão temporária, com duração de 30 dias, também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão contra os investigados. A delegada, responsável pela investigação, revelou que apura o envolvimento do adolescente com o político, mas destacou que a investigação segue em sigilo.
Confira a nota do professor Alcides sobre o caso:
“Tentam estabelecer uma narrativa desonesta, baseada na distorção de fatos que teriam ocorrido e que supostamente envolveriam indiretamente meu nome. Nada de verdadeiro! Nenhum fato concreto, uma repetição vergonhosa de mentiras e a utilização abjeta do aparato policial do Estado. Há, sim, uma absurda utilização de acusações que não se sustentam, que não merecem credibilidade, que trazem a inequívoca marca da mentira mais deslavada. Rechaço de forma veemente o envolvimento de meu nome num cipoal de inverdades, adrede concebidas pelos que, em momento político delicadíssimo no país, embalam o circo midiático montado pela espetaculosa “Operação Peneira”. Sou empresário de sucesso, educador de muitas gerações de goianas e goianos, deputado federal eleito com grande votação pela generosidade do povo de Goiás. Deploro a utilização preconceituosa, mesquinha e criminosa de minha pública orientação sexual como arma política. Sou homossexual, não sou bandido. Bandidos são os que se levantam contra mim.
Processarei todos os que tentam enxovalhar meu nome limpo, minha trajetória de vida impecável, tentando manchar a correção pessoal, profissional e empresarial que a norteia. Me reconheço como homossexual. Sofri por toda minha vida inúmeras formas de preconceito. A homofobia é um crime. A utilização do aparato policial para uma evidente operação midiática é crime. A tentativa de enxovalhamento da reputação de um homem honesto é crime. Corruptos pegos nas teias de abusos, manipulações e diversos crimes e que se encontram às voltas com a justiça, de forma solerte utilizam minha opção sexual – à qual exijo respeito – para a montagem de um circo de horrores onde buscam salvar-se à custa do sacrifício de minha honra pessoal. Minha honra pertence a mim, aos meus parentes, aos meus amigos, aos meus eleitores, aos meus alunos, não aos detratores contumazes da moral alheia. Agradeço comovido as milhares de manifestações recebidas de todo o Estado de Goiás e de todo o Brasil. Não me calarei! Levarei às barras da justiça as ratazanas roedoras que tentam acabar com minha reputação”.