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Morreu na madrugada desta terça-feira (24), aos 97 anos, o ex-governador do Rio Grande do Sul (RS), Alceu Collares. Ele estava internado desde o último dia 16 no Hospital Mãe de Deus, após sofrer falência múltipla de órgãos. Collares deixa esposa e filho.
Diagnosticado com enfisema pulmonar há oito anos, o ex-governador teve seu quadro agravado por uma pneumonia em novembro, o que levou à internação.
O velório de Collares ocorre até às 16h no Palácio Piratini, aberto ao público, e o sepultamento será no Cemitério Jardim da Paz.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou pesar nas redes sociais. Ele afirmou que o Brasil se despede de Alceu Collares, um dos grandes políticos do país. Destacou que, gaúcho de Bagé, Collares foi o único governador negro do Rio Grande do Sul e um dos fundadores do PDT ao lado de Leonel Brizola. Lula ressaltou que Collares sempre defendeu os trabalhadores e as causas trabalhistas, deixando um legado significativo para o Brasil. Ele também enviou suas condolências à família e aos admiradores do ex-governador.
O governador Eduardo Leite decretou luto oficial de três dias e também se manifestou nas redes sociais, expressando solidariedade à esposa, Neusa Canabarro, e aos filhos de Collares. Leite destacou que, apesar da perda, o exemplo de Collares será eterno, lembrando sua contribuição importante para a sociedade e para o Rio Grande do Sul.
Em nota, a Secretaria de Comunicação do RS homenageou o ex-governador, destacando seu legado de luta pela justiça social, pelos direitos dos trabalhadores e pelo desenvolvimento do estado. A nota também ressaltou a marca de Collares na educação, com a construção dos Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), modelo pioneiro de escola em tempo integral.
Alceu Collares nasceu em Bagé, em 1927. Formado em Direito, iniciou sua carreira política no PTB, sendo eleito vereador em Porto Alegre em 1964. Entre 1971 e 1983, foi deputado federal pelo MDB e depois pelo PDT. De 1986 a 1988, foi prefeito de Porto Alegre. Entre 1991 e 1995, foi governador, tornando-se o primeiro negro a ocupar o cargo. Durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985, Collares se destacou pela sua luta contra o regime.