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Na primeira reunião ministerial de 2025, realizada nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe de governo apresentaram diretrizes estratégicas para reforçar a comunicação institucional e alinhar ações ministeriais. O encontro, que teve tom de cobrança e planejamento, foi marcado pela apresentação de um plano de 90 dias pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), liderada pelo ministro Sidônio Palmeira.
Plano de comunicação centralizado e comparativo
Sidônio destacou a importância de um alinhamento entre os ministérios para centralizar a divulgação das realizações do governo. Segundo o ministro, as ações mais abrangentes e impactantes devem ser comunicadas diretamente pelo presidente Lula, que também se comprometeu a participar mais de eventos públicos fora do Palácio do Planalto.
Uma das principais estratégias anunciadas pela Secom é a comparação direta entre os governos de Lula e Jair Bolsonaro. A orientação aos ministros é clara: evidenciar como cada pasta foi encontrada ao final da gestão anterior e destacar os avanços obtidos até agora. Essa abordagem será amplamente explorada nas redes sociais, com Lula assumindo protagonismo nas publicações para engajar os eleitores e consolidar a imagem de seu governo.
Sidônio também anunciou a supervisão dos contratos dos ministérios com agências de comunicação e defendeu a manutenção da rivalidade com a gestão passada como uma forma de impulsionar a narrativa do governo.
Monitoramento de crises e resposta rápida
A reunião também abordou a criação de uma “central de monitoramento e resposta rápida” para lidar com temas sensíveis e evitar a propagação de fake news. A iniciativa foi impulsionada pela recente “crise do Pix”, que obrigou o governo a recuar de um ato normativo da Receita Federal após desinformações sobre o tema.
Essa central terá como objetivo identificar a repercussão de temas polêmicos logo no início, evitando que crises ganhem proporções maiores.
PEC dos Militares e disputas de 2026
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Militares, que prevê que integrantes das Forças Armadas que se candidatem a cargos eletivos não possam retornar à ativa após a campanha. Segundo Múcio, essa prática, conhecida como “vai e volta”, prejudica o funcionamento das Forças Armadas. Ele afirmou que a regra deve ser implementada já nas eleições de 2026 e que conta com apoio de militares da ativa.
Cobranças para redução do custo dos alimentos
Durante o encontro, Lula também fez cobranças diretas aos ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura). O presidente enfatizou a urgência de ações concretas para reduzir o custo dos alimentos, uma das maiores preocupações do governo. Em resposta, os ministros afirmaram que um grupo de trabalho está sendo mobilizado para discutir soluções, mas Lula reforçou a necessidade de resultados práticos.
Prioridade para a rua
Encerrando a reunião, Lula pediu aos ministros que priorizem agendas públicas pelo Brasil, em vez de focarem exclusivamente em compromissos no Palácio do Planalto. “Mais rua e menos palácio”, teria dito o presidente, indicando que a conexão com a população será central para a estratégia do governo nos próximos meses.
